segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Usando o Comando apt-get

O comando apt-get é um dos mais famosos para aqueles que utilizam distribuições Linux baseadas em Debian, como o Ubuntu, Kurumin, etc, e serve unicamente para gerenciar pacotes, ou seja, instalar, atualizar e/ou remover programas. Neste breve artigo vamos revisar as principais funcionalidades do comando, além de algumas dicas, como de costume (Lembre-se de rodar este comando sempre como root!):

apt-get check: não faz nada, mas verifica se está tudo certo, ou seja, se não há nenhum pacote quebrado nem nenhuma instalação parada no meio.

apt-get update: este temos que fazer sempre... atualiza os seus repositórios de pacotes. Não vai baixar os pacotes em si, mas toma o conhecimento de quais possuem atualizações disponíveis e cadastra estas atualizações no banco de dados do apt. Havendo atualizações, uma boa maneira de aplicá-las é usar o próximo comando...

apt-get upgrade: atualiza todos os pacotes conhecidos que lançaram atualizações. Por utilizar como fonte os dados obtidos dos repositórios, é sempre bom executar, antes deste, o apt-get update.

apt-get dist-upgrade: cuidados com este!! Este serve para atualizar a sua distribuição. Na maioria das vezes, vai fazer o mesmo que o apt-get upgrade. Porém, ele faz muito mais coisas por trás e é o comando certo para ser usado se você alterou os arquivos de configuração para apontar para uma nova versão do seu sistema operacional.

DICA01: Isto ocorre porque, em uma dada versão, os aplicativos são muitas vezes "congelados" nas versões em que estão, e as atualizações correspondem a apenas correções de bugs, não versões novas. Se você, no entanto, alterar as configurações para mudar a versão de seu sistema operacional, então possivelmente as versões de todos os aplicativos serão diferentes e, com isso, este será o comando certo para atualizar a tudo sem erro. Rodar, nesta situação, apenas o apt-get upgrade pode não atualizar corretamente seus pacotes e lhe tará dores de cabeça...

DICA02: Mudar a versão do sistema implica em baixar praticamente todos os pacotes de novo, ou seja, horas e horas de download. Assim, utilize a opção "--download-only". Isto apenas baixará os pacotes, sem instalá-los. Quando você for instalar mesmo, rode sem esta opção. Assim, havendo previamente feito o download, o comando seguirá diretamente para a instalação dos novos pacotes (ele é inteligente o suficiente para perceber que não precisa baixar de novo o que já foi baixado).

apt-get install programa: instala simplesmente um dado programa. Se, entretanto, a instalação falhar por problemas de dependências e o pacote ficar quebrado, utilize apt-get -f install, e as correções serão feitas (neste caso, se as dependências não forem localizadas, o pacote em conflito será removido).

apt-get remove programa: apaga um determinado programa. Nem sempre remove as dependências dele corretamente, podendo ficar um pacote ou outro instalado, mas sem utilidade.

DICA03: explicando o que foi dito acima: para quem instala e desinstala muitos programas, certamente, com eles, vêm uma série de bibliotecas e pacotes acessórios. O apt-get remove apaga o(s) pacote(s) informado(s), mas não vasculha o sistema em brusca de suas dependências, podendo deixar "sujeira" no sistema, ou seja, bibliotecas instaladas para uso de programas que não existem mais. Se você pretende instalar e remover muitas coisas, utilize um programinha um pouco mais esperto que o apt-get: o aptitude. Este usa um algoritmo próprio e saberá registrar as dependências de todos os programas. Mas, cuidado - ele só saberá registar isto para pacotes instalados a partir dele, ou seja, de dentro do aptitude!

apt-get autoremove: até onde o apt-get consiga perceber, este comando remove de seu sistema pacotes (geralmente bibliotecas) que foram instalados automaticamente, quando da instalação de um terceiro programa, e que por algum motivo não são mais requeridos (ou porque o programa que precisava deles foi removido, ou situação similar). É um comando seguro e bom para manter seu sistema redondo e limpo, sem lixo, especialmente se você está acostumado a instalar e remover muitas coisas.

apt-get moo: surpresa!!! Experimente este e depois diga nos comentários se você sabia desta!!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Como Ler ou Abrir Arquivos bin e cue?

Você já deve ter recebido ou baixado arquivos no formato bin/cue. Do que se trata isto?? Como abri-lo??
Arquivos *.bin são arquivos binários de imagens de CD e que normalmente são acompanhados de um arquivo bem pequenininho que o indexa, de mesmo nome, mas com extensão *.cue. Obviamente, estes arquivos foram gerados na intenção de que o seu receptor não precise abri-lo, mas sim gravá-lo diretamente em CD com um programa que o entenda. Todavia, se a sua intenção não é gravar em CD o conteúdo do arquivo, ou se você precisa ler o que tem dentro para decidir isto, siga os passos brevemente discutidos neste artigo...
Para abrir um arquivo de imagem, ele deve estar no formato iso. Assim, precisamos converter o bin/cue para iso. Felizmente, existe um programa bem simples, rápido e pequenininho que faz isto, o bchunk (ou BinChunker), e a sua instalação em sistemas baseados em Debian é bem fácil:

apt-get install bchunk

Após isto, você precisa converter os arquivos bin e cue em iso, utilizando o programa, com o seguinte comando:

bchunk foo.bin foo.cue foo

(Você pode ainda usar a opção "-v", se quiser uma saída verborosa).
Ótimo!! Agora você já tem um arquivo ISO, que é um outro (bem mais popular!!) formato de imagem de CD. Se você quiser, pode queimá-lo imediatamente para uma mídia fresquinha, com o K3B ou qualquer outro aplicativo semelhante.
Porém, lembremo-nos de que você quer olhar o conteúdo, ver o que tem dentro, e talvez copiar ou abrir um ou outro arquivo ali dentro... então vamos... montar o arquivo ISO em um diretório!! Utilize o seguinte comando (como superusuário):

mount -o loop -t iso9660 arquivo.iso /mnt/iso

Lembre-se de haver previamente criado o diretório /mnt/iso!!
Agora é só acessar o diretório onde a imagem foi montada e navegar tranqüilamente lá dentro... se quiser desmontar, proceda como com qualquer outro dispositivo:

umount /mn/iso

Mais informações sobre montagem de arquivos ISO: clique aqui ou aqui!!
Bom, esta foi mais uma dica expressa do Pajé!! Gostou?? Destestou?? COMENTE!!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Instalando o Chrome no Linux e no MAC

Pessoal, finalmente, depois de muita gente penar para instalar o Chrome (aquele novo e interessante navegador da Google) no Linux usando Wine, surge uma solução um pouco melhorada! Trata-se de uma instalação ainda adaptada da versão original para Windows, mas desta vez usando o Crossover.

  • Vantagens
É fácil de instalar e tem pacotes personalizados para todas as principais distribuições, como Fedora, Ubuntu, Debian, Mandriva, SuSE, etc.

  • Desvantagens
Ainda não é uma versão nativa para Linux ou para MAC, então perde um pouco em desempenho na renderização das páginas e tem alguns comportamentos estranhos (janelas pop-up aparecem mal posicionadas, etc...). Mas está rodando bem, inclusive páginas com flash.

Apesar de incomodar o fato de ainda não se ter uma versão nativa do Chrome e sim uma versão alienígena devidamente emulada para Linux/MAC, agora - devemos reconhecer - esta versão já está mais estável e pode ser recomendada sem sustos! Em breve, possivelmente, teremos a versão oficial e nativa para Linux e MAC do Chrome... é aguardar para ver!!

Baixe aqui o Chrome para Linux/MAC, denominado "Chromium", versão 0.9. Boa sorte!!