domingo, 29 de novembro de 2009

Instalando Protetores de Tela no KDE do Ubuntu

Como sabemos, o Ubuntu (ou Kubuntu), por padrão, não vem com protetores de tela previamente instalados, exceto pela tela preta. Isto, no entanto, não quer dizer que não possamos instalar alguns, de maneira fácil, ou seja, sem precisar procurar, baixar e compilar do código fonte o protetor que queremos!!


  • Como verificar os protetores de tela que eu tenho?

Lembre-se de que o KDE4, que vem (ou pode ser instalado) nas versões mais recentes do Ubuntu ou Kubuntu, não tem mais o antigo programa Kcontrol, que foi substituído pelo programa "Configurações do Sistema".
Para acessá-lo no KDE, basta clicar no menu K -> Aplicativos -> Configurações -> Configurações do Sistema. Na Janela que abrir, procure o ícone "Área de Trabalho" e clique na opção "Protetor de Tela".
Se a lista de protetores de tela estiver vazia ou só contiver o famoso "tela preta", então você não tem os protetores do X e do KDE... mas não se preocupe, há uma maneira fácil de instalá-los...


  • Instalando novos protetores de tela no KDE

Para instalar os novos protetores, entre no terminar, como root, e digite:

apt-get update
apt-get install kscreensaver-xsavers kscreensaver-xsavers-extra

Isto instalará uma série de pacotes, inclusive os pacotes: xscreensaver, xscreensaver-data, xscreensaver-data-extra, xscreensaver-gl, xscreensaver-gl-extra, que são os protetores propriamente ditos, para o X, incluindo aqueles em OpenGL. Os pacotes kscreensaver-xsavers e kscreensaver-xsavers-extra são as adaptações e ajustes para o KDE poder usar estes protetores.
Depois de instalado tudo, volte à lista de protetores de tela, conforme mostrado acima. Você notará uma enorme quantidade de protetores novinhos, prontos para usar, configurar e testar!!

Espero ter colaborado com esta dica rápida!! Qualquer coisa, berrem!!, digo, COMENTEM!!, e o Pajézinho tentará ajudar...

domingo, 25 de outubro de 2009

Alterando ou Desabilitando as Mensagens do SSH

O SSH é um excelente mecanismo para acessar remotamente uma máquina. Seguro, rápido, eficiente. Tão eficiente que pode ser utilizado para outros fins, como o tunelamento via SSH para o SVN, um sistema de controle de versão, ou mesmo para tunelar o protocolo do X11 e exportar o modo gráfico da máquina remota para a máquina cliente.
Por padrão, o SSH normalmente imprime uma série de mensagens no momento do acesso. Estas mensagens variam de máquina para máquina e de distribuição para distribuição, mas podem ser todas removidas ou alteradas. Em alguns casos, é imperativo a sua remoção, como quando se utiliza o SSH para tunelar o SVN, com o esquema "svn+ssh". A não remoção destas mensagens causa erros no protocolo do SVN, que não consegue "entender" os dados da mensagem, (que, obviamente, não fazem sentido para ele), e normalmente imprime uma mensagem de erro como "svn: Malformed network data".
Então, como mudo ou removo as mensagens do SVN?? Muito simples, basta seguir os passos:

1- Logue-se como root e edite o arquivo abaixo:

vi /etc/ssh/sshd_config


A primeira coisa que se pode editar é a mensagem de "Banner". Procure a linha:

Banner etc/issue.net


Para eliminar a mensagem, basta comentar esta linha (colocando a tralha - "#" - na frente). Outra opção é editar o arquivo de mensagem que a linha referencia (no exemplo acima, o arquivo /etc/issue.net) e modificá-lo, alterando a mensagem ou deixando-o vazio.

Mas não é só isso!!
Muitas vezes, o ssh imprime a informação de data e hora do último login. Esta informação é particularmente útil e importante para controle e segurança do acesso. No entanto, pode ser um pé-no-saco para tunelamento de SVN pelo esquema svn+ssh. Para removê-la, ainda no mesmo arquivo, procure a opção "PrintLastLog yes" e modifique-a para:

PrintLastLog no


Apenas isto elimina todas as mensagens em algumas distribuições. Porém, outras distros têm mensagens de sistema que costumam aparecer em ocasiões como o login do ssh. Estas mensagens podem ser encontradas no arquivo:

/etc/motd


Se este arquivinho existir, ele deve conter apenas texto estático que é copiado para o stout no momento do login (na verdade, ele pode ser um link simbólico para /var/run/motd); para eliminar o texto, basta editar o arquivo e apagar todas as linhas, ou apagar o arquivo de link simbólico.

Importante: não esqueça de reiniciar o sshd para que as mudanças tenham efeito:

/etc/init.d/ssh restart


Outra coisa importante é sempre fazer backup dos arquivos de configuração que você modificar, caso precise retroceder as alterações!!


  • Aprimorando a Segurança do SSH

Independente do que foi comentado acima, você pode - e muitas vezes deve!! - adotar algumas medidas de segurança que vão garantir a sua paz e tranquilidade, ainda que seu SSH não tenha mensagens de Last Log, etc.
A primeira coisa a fazer é abrir o arquivo "/etc/ssh/sshd_config" e adicionar (ou configurar) as seguintes linhas:

Port 10000 - Esta linha identifica a porta que vai ser usada tanto para o ssh quanto para o sftp. A porta padrão é "22", então não preciso nem dizer que 99,9% dos ataques vão direto para esta porta. Troque a porta para qualquer outra. No exemplo, coloquei a porta 10000. Portas altas tendem a ser mais seguras.

PermitRootLogin no - Este é o essencial do essencial... nunca permita o login do root. Você pode administrar o que quiser remotamente se você logar como um usuário comum e se tornar root posteriormente, com o comando "su". Não permita que o root fique propenso a ataques!!

AllowUsers beltrano cicrano - Este é um comando de white list (lista branca). Permite que você configure exatamente e exclusivamente quem pode conectar. Se esta linha estiver presente, um usuário que não contiver seu nome ali jamais será autorizado a conectar. É uma técnica muito restritiva, mas útil em muitos casos.

PermitEmptyPasswords no - Este é outro comando essencial do essencial... nunca permita que um usuário maluco defina sua senha como vazia e deixe sua conta exposta ao acesso remoto... virtualmente qualquer um poderá conectar como este usuário e ele poderá ser usado para ataques contra o root ou para derrubar a máquina!!

X11Forwarding no - A menos que você tenha a intenção (e necessidade!!!) de rodar o modo gráfico remotamente, defina este comando como "no". Se for "yes", você poderá tunelar via ssh o modo X, rodando remotamente qualquer programa com interface gráfica, que será exportada para a sua máquina local. Isso é uma ótima idéia dentro de uma intranet, mas pela internet é péssimo. O protocolo X não é comprimido nem foi desenvolvido para acesso remoto e, por isso, é lento e complicado... liberar o X para os usuários implica em correr sério risco de engarrafar a sua rede por excesso de carga!!

Bom, espero ter ajudado!! E, claro, COMENTE!!!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Filmando a Tela do Computador com Wink

Capturar a tela do seu computador em formato de vídeo: uma necesidade para quem faz palestras, apresenta cursos com Data Show, ou mesmo para quem tem um trabalho final ou uma tese de mestrado para defender e precisa mostrar o programa funcionando... fantástico, não?? Agora imagine tudo isso, em formato Flash (swf), com os botões de controle de vídeo que você mesmo desenhou (ou devidamente baixou do google images), e já com o HTML pronto para colocar na sua página online, blog, portal da turma ou wiki da empresa?? E imagine que você pode editar os frames e botões do flash??
Meu Deus, como é isso!?!?!?!? Tudo isto é possível e gratuito!! E existe um programa muito legal que faz facilmente esta tarefa para você: o Wink. O Wink funciona em Linux e windows e pode ser baixado tanto de sua página oficial (esta que acabei de colocar aí acima) ou através do repositório de sua Distro. Para quem usa distribuições baseadas em Debian, basta digitar (como root, claro!!):

apt-get update (sempre bom!!!)
apt-get install wink

Em menos de 3 megas (sim, esta é a unidade de tempo do Pajé...) você terá um novo link no menu "Gráficos" do KDE (ou em outro canto, no Gnome...). Daí a aventura começa...

Tela do Wink, com um projeto de captura feito e pronto para renderizar.

O Wink permite tanto a captura de uma tela simples quanto a criação de um vídeo. Para tanto, é preciso iniciar um projeto, onde você personaliza a sua captura, indicando:

  • Se a captura é em forma de vídeo, qual a taxa de quadros por segundo (fps, ou frames por segundo);
  • Qual o tamanho da tela de captura (tela toda ou personalizada, talvez apenas um pequeno trecho da tela, que você pode marcar e configurar!!).
Então o Wink pode ser direcionado para a barra de tarefas e iniciar a captura, utilizando a tecla de atalho Shift+Pause (vídeo) ou Pause (tela simples), ou então com o botão direito sobre o ícone na barra de tarefas.


Editando o Flash

Sim, mais do que editar o vídeo, é possível personalizar diversas coisas no seu arquivo swf final, como:

  • Cursor: diversas figuras são oferecidas como cursor, basta escolher!!
  • Texto de Título do vídeo, caixa de texto em um frame, botões de "Próximo", "Anterior", "Ir Para" usando qualquer imagem que você forneça;
  • Tempo de permanência no Frame;
  • etc...

Configurado seus frames, é possível também editá-los:

  • Mover um frame ou trocar a ordem dos frames;
  • Copiar, Copiar Mesclado, Recortar e Colar frames;
  • Apagar frames;
  • Redimensionar e/ou Cortar todos os Frames (especialmente se, na empresa, a política é esconder a barrinha que mostra seus aplicativos abertos antes de mandar o vídeo para o cliente...);
  • Personalizar a Paleta de Cores;
  • Dentre outras coisas!!! Explore!!

Renderizando o Vídeo

Uma vez terminada toda a parafernalha de edição, o vídeo deve ser renderizado. Há um botão para renderizar, que gera o arquivo swf e, automaticamente, o arquivo HTML correspondente. Este arquivo pode ser lido a partir de qualquer navegador com o plugin do flash. Porém, opcionalmente, o Wink pode renderizar (em flash) para um arquivo executável do windows (*.exe). Opcionalmente, o projeto ainda pode ser exportado para PDF ou Post Script.
Lembre-se de que estes formatos (PDF e PS) vão perder as características de interatividade do Flash, mas, por outro lado, podem ser abertos em outros aplicativos, como o Gimp, se necessário, e transformados em vídeo Mpeg, que podem ser editados no Kino ou outro aplicativo, ou reconvertidos para outros formatos.
Um tutorial que fiz (e procurei ser bem completo) sobre tratamento de vídeos no Linux usando a ferramenta ffmpeg encontra-se aqui.


Conclusão

O Wink é uma ferramenta de qualidade, bem completa, que oferece à captura de tela em imagem ou vídeo uma nova dimensão: a da interação e edição, com botões, caixas de texto personalizadas, edição de frames, etc. É um programa gratuito, pequeno e interessante, fácil de instalar e de usar. Assim, pode ser uma grande alternativa simples e eficiente a programas comerciais.

Gostou?? Detestou?? Adorou ou odiou o Pajézinho?? Não importa: COMENTA LOGO!!!! :-)

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Entrando no Jogo: Palestra sobre Game Design na UFRN

A pedido de amigos, estou divulgando...

PALESTRA: Entrando no Jogo: O que fazer e o que não fazer ao criar uma proposta de jogo para um game publisher ou para participar de um concurso

PALESTRANTE: Prof. Dr. Lauro Kozovits (Departamento de Informática e Matemática Aplicada, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - DIMAp/UFRN).
Doutor em Computação Gráfica e Jogos pela PUC-RJ, finalista do concurso mundial de Game Design "NGage Game Challenge 2008" da Nokia entre outros de TI em geral e premiado pela mesma empresa com o título Nokia Champion em 2006, 2007 e 2008 por sua atuação na área.

RESUMO: Numa breve palestra, o autor irá compartilhar sua experiência na escrita de documentos de game design tanto por já ter trabalhado em uma comissão avaliadora de proposta de jogos, quanto por ter sido ele próprio finalista em concurso mundial de Game Design. A palestra irá apresentar uma visão pessoal sobre o tema e não algo já consolidado na literatura, o que é, portanto, um convite para uma discussão e troca de experiências.

LOCAL: Auditório do Departamento de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (DEART/UFRN), no Campus de Lagoa Nova, próximo à BR-101.

DATA/HORÁRIO: 04/09/2009, sexta-feira, às 15:30 (como parte do evento Tecnosextas).

É isso aí, pessoal!! Está divulgado!! Boa palestra e troca de experiência a todos!!! No que eu puder ajudar, ou se gostaram da palestra e querem dizer alguma coisa: passem aqui e COMENTEM!!!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Desenhos do Duke: O Mascote do Java é Open Source!!

Todo mundo já deve ter visto ao menos uma vez o Duke, aquele camaradinha em forma de gota, de corpo branco e cabecinha preta, com um narigão vermelho impressionante (nem sei como ele enxerga!!). Pois é, o Duke é open source!! Isto quer dizer que você pode desenhar, distribuir e utilizar o desenhozinho do Duke em seus programas e trabalhos livremente!! Ao menos é o que nos contam os próprios camaradas da Sun (veja aqui).
O Duke foi criado por Joe Palrang, um artista e animador de grande envergadura, que trabalhou na Sun de 1992 a 1994 e já trabalhou inclusive na Dreams Works. Na ocasião, o Duke foi criado para o Green Project, da Sun, de onde o Java se originou. Assim que anunciaram o lançamento da primeira versão do Java, na mesma época em que criaram a famosa xícara de café, lá estava o Duke como mascote do Java!!
Hoje, com o Duke open source, já temos uma recente mas fiel leva de animadores, artistas gráficos e entusiastas desenhando e contextualizando o Duke das mais diversas maneiras possíveis!! Vejamos algumas imagens do Duke...


No início, era só um Dukerino...


O Duke num momento de lazer (afinal, ninguém é de ferro!!)



Duke pronto para mais uma missão interestelar!!



Porque o Duke também é Brasileiro!!


Mamãe Duke e seu filhinho...


...e enquanto isso, o papai Duke só enchendo a cara!!


Duke de férias em Natal, RN, bebendo água de côco em Ponta Negra!!


Êta Duke bão dimais, Sô!!


Como o Duke influenciou Da Vinci...


Amigos para sempre, Duke e Tux Forever!!


Ufa!! Alguém precisava salvar o mundo dos tenebrosos usuários!!

Mais um monte de imagens gratuitas do Duke podem ser encontradas na página dele, no Projeto Kenai, da Sun: clique aqui!! Inclusive se vê por lá esta última aí em cima, numa versão gigante de fundo de tela com quase 4 megas (sim, eu a diminuí com pena de você, pelo quão que sofreria para baixar 3,8 megas de apenas 1 figura...).
Gostou?? Detestou?? Adorou?? Com corda ou sem corda?? Então COMENTE!!!!!!

domingo, 9 de agosto de 2009

HTML 5: Um Novo Paradigma Para a Web

O Que é o HTML 5 e de Onde Ele Vem??

Todos sabemos que a chamada web, ou seja, todo o conjunto de tecnologias usadas para transferir, carregar e visualizar páginas da internet, é inevitavelmente baseada na linguagem HTML. O HTML (HyperText Markup Language) é a linguagem básica que os navegadores entendem, carro-chefe da revolução da internet. Isso quer dizer que tudo que é visto em um navegador é baseado em HTML. É e sempre foi assim, desde há muito tempo, quando as máquinas só "entendiam" textos e imagens simples...
Mas há um problema: hoje em dia, precisamos de muito mais (digo, vídeos, animações, interações, chamadas remotas e assícronas, etc.). Assim, há muito tempo, o HTML já não é mais suficiente para compor tudo o que se precisa numa página web. Assim, surgiram várias novas tecnologias, no intuito de completar o HTML, sem substituí-lo, entretanto. São algumas delas: JavaScript (originalmente LiveScript, criado pelo Netscape), CSS (Cascade Style Sheets, ou folha de estilo), o XML e o XHTML, uma tentativa de "organizar" mais formalmente o HTML, o AJAX (e o XMLHttpRequest, objeto do navegador no qual as chamadas assíncronas são gerenciadas) dentre muitas outras. Hoje, o HTML e a maioria dos padrões relacionados a ele são mantidos e desenvolvidos pela World Wide Web Consortium (W3C).
Devido ao franco desenvolvimento das tecnologias web e da estagnação do HTML, há (realmente!) muitos anos parada na versão 4.0.1, a W3C tem empreendido um grande esforço para desenvolver a nova versão desta importante linguagem: o HTML 5, que conterá uma série de melhorias importantes, e está anunciada para lançamento talvez somente em 2012. Na verdade, esta nova versão tem sido desenvolvida por um grupo denominado Web Hypertext Application Technology Working Group (WHATWG), organizada pelo W3C e contando com colaboradores de diversas empresas de desenvolvimento de navegadores, como o Opera e o Mozilla.
Para se ter uma idéia do que vem por aí no HTML 5, podemos citar que estão sendo desenvolvidas as seguintes funcionalidades:

  • Controle embutido de conteúdos multimídia;
  • Nova API para desenvolvimento de gráficos 2D, em especial SVG;
  • Aprimoramento do uso off-line;
  • Melhoria na depuração de erros;
  • Suporte a Drag & Drop e Métrica de Progressão de fluxo de dados;
  • Eventos do DOM recebidos pelo servidor;
  • Etc...

As novas perspectivas do HTML 5 estão presentes nas versões mais recentes dos principais navegadores, como Firefox, Opera, IE 8, etc.


Uso de Canvas e desenhos bidimensionais (2D)

"Canvas" é uma tag desenvolvida pelo Mozilla e usada no Firefox para criar desenhos 2D (semelhantes a gráficos SVG) dentro da área especificada. Como o desenho pode ser criado/manipulado dinamicamente via Javascript, estes desenhos podem ser um grande adversário ao JavaFX, Flash e Siverlight, no tocante a manipulação dinâmica de gráficos. Esta funcionalidade nova está sendo implementada no HTML 5 e funcionará da seguinte maneira:

1- Crie uma área para o seu desenho (substitua os colchetes por símbolos de maior e menor, para as tags):

[canvas id="canvas" width="100" height="100"]

2- Para criar o desenho, é preciso se obter o contexto do canvas:

[script]
var context = document.getElementById("canvas").getContext("2d");
[/script]

3- Agora, basta fazer o desenho que quiser!! Pode-se inclusive alterá-lo dinamicamente, via Javascript.

if (context != null) { // Descobre se o navagador o suporta!!
context.fillRect(25, 25, 50, 50); // Faz um quadradão :-)
}

Bem fácil, né?? Fizemos um quadrado preto sem usar DIV!! Para quem sabe alguma coisa de Java2D, vai sentir que é bem parecido em vários pontos.
As ferramentas que estão sendo anunciadas pretendem carregar imagens SVG e poder editá-las. Isto pode levar a grandes transformações tecnológicas nas áreas de animação e jogos!!


Web Forms 2.0

Forms são os elementos presentes em formulários em HTML. Isto inclui botões, campos de texto, caixas de seleção, checkboxes, dentre várias outras coisas.... o problema do Web Forms 1.0 é que as ferramentas declaráveis nas tags de validação são muito simples e, por isso, as validações são praticamente todas feitas via javascript. Com o Web Forms 2.0, algumas novidades surgirão:

  • Presença de novos atributos de validação, como required, min e max;
  • Lançamento do evento invalid pelo DOM;
  • Atributo validity;
  • Atributo list, indicando ao navegador quando e quais elementos devem ser lembrados ou autocompletados;
  • Atributo autofocus, para dar foco a um elemento quando do carregamento da página;
  • Atributo inputmode, que detalha alguma formatação/validação desejada para entrada de texto em um formulário;
  • Aprimoramento no upload de arquivos, permitindo filtros de tipo e tamanho do arquivo a ser enviado;
  • Novos input types: datetime, number, range, email, e url, facilitando a formatação e validação dos mesmos.

Claro que muitas outras melhorias estão sendo providenciadas, e aos poucos, especialmente com as suas implementações pelos navegadores, teremos informações mais sólidas e confiança no seu uso intensivo.
Este artigo foi útil?? Aprendeu com ele?? Então... COMENTE!!!!!!!

Bibliografia

Documento Formal do W3C e dos desenvolvedores do HTML 5 e das novas especificações.
Exemplo da IBM de uso de Canvas e SVG.
HTML 5 na Wikipedia.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Ativando e Desativando Serviços no Linux e no Ubuntu Com Upstart

  • Atenção!! - Acrescentado em 10/12/2009
Se você roda Ubuntu/Kubuntu 9.10, este artigo não vai te ajudar tanto, mas os comentários sim. Vá direto a eles. Para versões anteriores do Ubuntu e outras tantas distribuições, mesmo as mais recentes, o artigo mantém-se válido e certo.


  • Como desligar o modo gráfico nos sistemas Linux tradicionais??
"No início, não havia nada. Então, Deus carregou o INIT..."

Desligar o modo gráfico é uma das coisas mais antigas de sistemas linux e pode ser feito tradicionalmente no arquivo /etc/inittab. Ou podia... já que nas versões mais novas do Ubuntu a coisa mudou de figura!! Como é isso?? Bom, vamos aos poucos...
Primeiro, é preciso saber como isto tudo funciona. No Linux, o primeiro processo a rodar é um programa chamado INIT. O INIT é o responsável por carregar todo o sistema, roda com prioridade de root e é o primeiro a iniciar e o último a terminar. Se você tem dúvidas, digite:

ps -e | grep in


e veja quem é o processo de número "1". Isto mesmo, o INIT!! É Deus no céu e o INIT na Terra.
O INIT opera tradicionalmente em 7 diferentes modos, chamados runlevels, a saber:

0 - halt;
1 - Inicia normalmente, porém em monousuário. Usado para manutenção pesada na máquina;
2-5 - Multiusuário, sendo 3 = modo texto e 5 = modo gráfico;
6 - Encerra todos os aplicativos e reinicia a máquina.

Quando queremos mudar o modo em que o INIT está rodando, basta digitar "init [modo]". Assim, se queremos desligar a máquina, basta digitar "init 6", por exemplo!! Bem simples e fácil!!
Existe uma maneira de se selecionar um modo padrão para a inicialização do sistema. Basta irmos no arquivo /etc/inittab e vermos o que tem nele. Ali se encontram uma série de informações para configurar cada modo. É possível que se encontre uma linha parecida com esta:

# The default runlevel.
id:5:initdefault:

Isto indica que o padrão do sistema é iniciar em modo 5 (multiusuário e modo gráfico). Imagine que queremos configurar um servidor e, portanto, não precisamos do modo gráfico, mas apenas modo texto (o servidor vai ser acessado remotamente, sem necessidade da telinha bonitinha de login do KDM ou GDM). Basta trocar o modo de "5" para "3":

# The default runlevel.
id:3:initdefault:

Antigamente bastava isto e pumba: estamos em modo texto!! Mas observe que isto não funciona diretamente no Debian (ou distros baseadas nele)... por quê??


  • Onde Estão os Scripts do INIT?

O INIT tem, para cada modo, uma série de links simbólicos para os executáveis de serviços do sistema. Estes executáveis ficam todos amontoados no diretório:

/etc/init.d/


Mas cada modo (runlevel) do init tem um diretório a parte, contendo os seus links para suas configurações próprias dos executáveis de serviços do sistema. Estes diretórios são:

/etc/rc0.d/ /etc/rc1.d/ /etc/rc2.d/
/etc/rc3.d/ /etc/rc4.d/ /etc/rc5.d/
/etc/rc6.d/

Até aí, tudo certo. O problema é que, no Debian, estes links simbólicos dizem algo mais: se eles começam com a letra "S", significa "Start", ou seja, o serviço será forçosamente iniciado. Para pará-lo, é preciso renomear o arquivo do link simbólico de modo que ele inicie com a letra "K" (de "Kill").
Assim, simplesmente mudar para o modo 3 não retira o carregamento do KDM (ou GDM), por exemplo... é preciso, além disto, renomear o link simbólico respectivo (algo como "S30kdm") para "K30kdm".
Fazendo isto, você acaba de configurar seu sistema para iniciar em modo texto. Parabéns!!


  • O Ubuntu e Outros Com Upstart

A partir das novas versões do Ubuntu (e Kubuntu, etc.), o iniciador não é mais o nosso bom e velho conhecido e camarada, o INIT, mas sim o novo Upstart. Desenvolvido inicialmente para o Ubuntu, o Upstart se propõe a ser mais eficiente e seguro que o INIT. Isto muda algumas coisas... a primeira delas é que não há mais o arquivo /etc/inittab, obviamente, já que não temos INIT nenhum. Outro problema é como ativar ou desativar o carregamento automático de serviços durante o boot.
Para resolver estes problemas insanos, apresento um comando muito simples e amigo de todas as horas, o update-rc.d, que não é exclusivo destas distros e já existe mesmo no Debian.
O update-rc.d se propõe a ativar ou desativar serviços dos scripts de inicialização do sistema de maneira mais fácil e automática. Seu uso é feito da seguinte maneira:

update-rc.d -f [servico] remove


Imagine que instalamos o SSH no Debian. Por padrão, qualquer serviço instalado no Debian é ativado automaticamente para inicialização nos modos 2-5. Assim, para que ele não carregue no boot, precisamos digitar:

update-rc.d -f ssh remove


O parâmetro "-f" significa "force" e força a remoção do link simbólico, mesmo existindo seu alvo correspondente em /etc/init.d.
Para reativar o carregamento do serviço durante o boot, basta digitar:

update-rc.d ssh defaults


Simples, né?? Vamos complicar um pouquinho então... imagine que você agora quer reativar o serviço, mas quer definir exatamente o momento em que ele vai ser carregado. Isto é definido pelo número inteiro de 2 dígitos logo após a letra "S", no nome do link simbólico. Este número define a prioridade, ordem de carregamento dos serviços. Assim, se o nosso SSH deverá ser carregado na posição 20 (antes do item de posição 21 e após o de posição 19), basta digitar:

update-rc.d ssh defaults 20

Isto criará o arquivo "S20ssh" em todos os /etc/rcX.d, sendo X entre 2 e 5 (inclusive).
Nota: para o SSH, que não é um serviço tão essencial e usualmente pode necessitar de outros serviços, isto pode ser um número muito pequeno. Tente 40 ou 50. ;-)
É possível também se definir uma prioridade diferente para a ativação e desativação do serviço. Imagine que nosso serviço deverá ser ativado na posição 20, mas desativado na posição 70 (para desativação, é considerada a ordem inversa, ou seja, são desativados os itens dos números maiores para os menores). Assim, definimos:

update-rc.d ssh defaults 20 70

Podemos ainda definir quais modos (runlevels) terão nosso serviço ativo ou não, informando os números dos modos e a nossa opção de Start ou Kill, conforme a seguir:

update-rc.d ssh start 20 2 3 4 5 . kill 70 0 1 6 .


Ou ainda, mudando de prioridade (ordem) entre os modos:

update-rc.d ssh start 20 2 4 . start 50 3 5 . kill 70 0 1 . kill 90 6 .

Isto inicia o SSH nos modos 2 a 5 e o pára nos modos 0, 1 e 6. No segundo comando, a prioridade não é a mesma para todos os modos. Serão iniciados com maior prioridade (20) apenas os modos 2 e 4, enquanto o 3 e 5 serão iniciados na posição 50, ou seja, posteriormente. Pode ser que estes modos tenham mais serviços, e acabem "empurrando" o SSH mais para a frente. Analogamente, nos modos 0 e 1, o SSH morre com prioridade 70, enquanto que no modo 6, onde talvez mais serviços serão desativados, ele morre com prioridade 90.


  • Enfim, Como Desativar o Modo Gráfico no Linux?

Como o modo gráfico é um serviço, basta desativar este serviço. Se seu Gerenciador de Janelas é o KDE, o serviço é o KDM (K Desktop Manager). Se é o Gnome, então o serviço será o GDM (Gnome Desktop Manager). Se não é nenhum destes, então informe-se com sua distro qual é o seu gerenciador de janelas e qual o serviço que ele dispara... Mas, para desativá-lo, utilize, genericamente, o comando:

update-rc.d -f kdm remove [ou]
update-rc.d -f gdm remove


  • Conclusão

Ativar ou desativar o modo gráfico no Linux é apenas compreender que o modo gráfico é um serviço, e este pode ser cadastrado via links simbólicos nos diversos modos de carregamento do sistema, assim como todos os outros serviços (como o ssh, seu servidor de e-mail, de impressão, de som, banco de dados, firewall, DHCP, FTP, servidor HTTP, etc.). Se seu gerenciador de inicialização é o INIT, isto pode ser feito de duas maneiras: manualmente, ou com o comando update-rc.d. Se você usa o Upstart em lugar do INIT (que é opção padrão no Ubuntu 9.04), então o melhor e mais prático é usar o comando update-rc.d.
O Upstart é uma opção ao INIT, desenvolvida para o (e pelo pessoal do) Ubuntu. É mais moderno e seguro, de arquitetura orientada a eventos. Está presente desde o Ubuntu 6.10, Fedora 9, no Debian (como opção), dentre outras distros. Porém, é mais chatinho de configurar os serviços. Assim, a melhor opção é utilizar o comando update-rc.d.

O objetivo deste artigo é ajudar tanto a quem está configurando seus serviços pela primeira vez quanto àqueles que sempre o fizeram manualmente e, de repente, sentiram-se inseguros com o Upstart.
Espero ter ajudado a todos!! E, como sempre, não fique calado diante do Pajé!!!! COMENTE!!!!!

domingo, 28 de junho de 2009

Qual a Resolução de Vídeo e Som do Youtube?

Recentemente, publiquei (ampliei e revisei algumas vezes) um artigo sobre o programa ffmpeg, uma excelente ferramenta gratuita para manipular vídeos, sons e legendas. Desde então, muitas pessoas têm me procurado (inclusive pessoalmente) pedindo dicas sobre como fazer um vídeo para colocar no Youtube (ou em outro portal de difusão de vídeos). Logo, para colaborar com nossos amigos, resolvi colocar aqui algumas dicas sobre os procedimentos necessários para fazer uma boa gravação de vídeo (com som) para divulgar no Youtube.


  • Gravação
Não é mistério para ninguém, mas preciso salientar que os vídeos destes portais de streaming não são lá de grande resolução, então tente fazer uma gravação que contenha boa luminosidade, com foco sempre bem controlado, e excelente captação de som. Tente usar microfones e uma mesa de som, se for possível. Os microfones devem ser próprios para o tipo de captação que você quer: seja direcional ou de ambiente. Evite usar microfones embutidos nas máquinas, especialmente se for webcam... mesmo que a gravação do som esteja com boa qualidade, o microfone certamente não lhe vai prouver a captação que você precisa.
Para o vídeo, evite cenas muito rápidas ou tremer a câmera, pois isto pode superar o frame rate (a "velocidade" da gravação, ou seja, a quantidade de quadros por segundo) e acabar sujando a tela com sombras e traços desfocados. Se a filmagem for em local aberto ou em um espaço muito grande (igrejas, teatros, salões, quintais, etc.), evite que seu objeto fique muito distante, porque pode sumir dentro do vídeo. Lembre-se de que, ao descer a resolução, coisas muito pequenas podem virar manchinhas ininteligíveis. Assim, não dá para filmar uma partida de futebol, por exemplo, de muito longe, e esperar que, no filme, você veja o número de cada jogador...
Importantíssimo: os vídeos devem ser sempre gravados mantendo (independente da resolução) a proporção de 4/3, que é a proporção das TVs antigas. Nunca grave seu vídeo em proporção de cinema, aquela 16/9, pois vai ser duro de encaixar no formato desejado, e você vai acabar perdendo conteúdo, ou ficando com as bordas superior e inferior pretas, diminuindo ainda mais o tamanho de seu vídeo...

  • Conversão
Quando colocamos os vídeos no Youtube, eles são convertidos para resoluções e dimensões padronizadas, procurando, no entanto, respeitar as proporções do original. Vamos aos detalhes técnicos:

SOM: É possível usar a freqüência de 44100 Hz, som estéreo. Esta é uma freqüência ótima e presente em muitas outras gravações consideradas de boa qualidade. Use esta configuração para gravar seu vídeo. Todavia, se o som não for importante, pode diminuir a freqüência para 22050 Hz e mono.

VÍDEO: É permitida a escolha do frame rate, ou 25fps ou 29,97fps. A diferença é pequena, então utilize o padrão que mais lhe agrade ou que lhe seja mais fácil de configurar, dependendo do seu sistema (PAL-M, NTSC, etc.). Muita importância há na resolução do vídeo: resoluções comuns são: 320x238, 450x360, 480x360, 320x240. Os vídeos em formato de cinema podem ser baixado em MP4 e ficam a 320x240.
A janelinha do Youtube é de tamanho fixo (630x360), e o seu vídeo terá uma das resoluções acima (ou alguma próxima), adaptando-se para caber nesta janela...

  • Como Baixar Vídeos do Youtube??
De maneira bem simples e rápida, e ainda podendo escolher entre o formato FLV (baixa resolução) e o MP4 (com melhor resolução), utilize o portal http://keepvid.com. Basta entrar nele, tendo saído de uma página do Youtube, que ele já captura aquele vídeo, converte e te dá os 2 links de download: o de baixa e o de alta resolução.

  • Como Examinar as Streams Presentes no meu Vídeo??
Para examinar detalhes sobre as streams de vídeo e áudio, baixamos alguns vídeos e utilizamos o programa ffmpeg, com a opção "ffmpeg -i [nome do arquivo]". Você pode utilizar qualquer editor de vídeo para colher estas informações. Observe que o ffmpeg também informa o codec de gravação do som e do vídeo, além de reconhecer facilmente o padrão FLV (Flash Vídeo), ao contrário de muitos editores de vídeo.

  • Conclusão...
Estas breve dicas são direcionadas para quem quer publicar no Youtube (ou outros portais de vídeos) gravações de reuniões, aulas, apresentações, palestras, encontros, experimentos, eventos, etc., que, sendo caras, necessitam ser bem gravadas e publicadas adequadamente. Espero ter ajudado!!

E, como sempre: gostou?? Detestou?? COMENTE!!!!!!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Como Converter Vídeos no Linux?

  • Introdução

Converter arquivos de vídeos e som no Linux, abrangendo os mais variados formatos e codecs, pode ser uma tarefa razoavelmente simples, bastando conhecer o programa certo. Nesta dica vamos apresentar o programa "ffmpeg". Este conversor de áudio e vídeo é extremamente flexível e poderoso, em linha de comando, permitindo que você faça as suas conversões remotamente, em seu servidor, ou mesmo escreva programas de conversão que fiquem rodando no servidor, esperando a próxima tarefa para ser disparada. O ffmpeg não só converte mídias, como também muda o bitrate, redimensiona o vídeo, dentre muitas outras opções avançadas.
Para baixar o ffmpeg, vá até a página oficial do projeto:

http://ffmpeg.mplayerhq.hu/

Ou use o seu gerenciador de pacotes favorito. Pode ser instalado via apt-get com o comando:

apt-get install ffmpeg

Observe que o ffmpeg necessita de algumas bibliotecas de áudio e vídeo, como a libavcodec e a libavformat. Para instalá-lo "na mão", procure antes as versões requeridas destas bibliotecas e as instale. Para conhecer a sintaxe e escrever a linha de comando correta, veja a página do manual "man ffmpeg" ou o FAQ oficial:

http://ffmpeg.mplayerhq.hu/faq.html

Existem versões do ffmpeg para várias plataformas, o que facilita o seu uso ou a implementação em um laboratório de convesão profissional. Abaixo, um breve tutorial de alguns parâmetros:


  • Conversão simples
Um arquivo pode ser convertido de maneira simples apenas com o comando:

ffmpeg -i arquivo.wmv arquivo.avi

O parâmetro "-i" indica o arquivo fonte. O formato do arquivo de saída é automaticamente reconhecido pelo ffmpeg, a partir da sua extensão.


  • Sugerindo um Codec de Vídeo

Se você quiser um codec específico, como Xvid ou DivX (versão 4+), use a opção -vcodec, passando o codec desejado (mpeg4, para o caso citado).

ffmpeg -i arquivo.wmv -vcodec mpeg4 arquivo.avi


  • Sugerindo um Codec de Áudio

Assim como o vídeo do seu arquivo pode ser comprimido, igualmente o áudio também o pode, reduzindo drasticamente o tamanho do arquivo final. Em alguns casos, como mídias para celulares, é necessário que o áudio esteja em AAC+ (AAC Plus), sob pena de não ser executado. Assim, utilize a opção -acodec, passando o codec desejado (libfaac, para o caso citado).

ffmpeg -i arquivo.wmv -vcodec mpeg4 -acodec libfaac arquivo.avi


  • Como converter vídeos para iPod?

ffmpeg -i arquivo.wmv -acodec libfaac -ab 128kb -vcodec mpeg4 -b 1200kb -mbd 2 -flags +4mv -trellis 2 -aic 2 -cmp 2 -subcmp 2 -s 320x180 -title X output.mp4

Este comando acima contém diversas configurações do áudio e do vídeo necessárias para que seu vídeo seja convertido no formato suportado pelo iPod. Veja mais destas opções adiante...


  • Definindo o bitrate do áudio e do vídeo
O bitrate do áudio e do vídeo são definidos separadamente, com os parâmetros:

-ab: é uma opção apenas do áudio, que define o bitrate em bits/s.
-b: é uma opção apenas do vídeo, que define o bitrate em bits/s.


  • Definindo o Frame Rate (quadros por segundo)
Basta usar a opção "-r" seguida do número desejado. Por exemplo, para forçar 25 quadros por segundo, use:

ffmpeg -i arquivo.wmv -r 25 arquivo.avi

Mas, cuidado: alguns codecs só suportam pequeno número de framerates padronizados. Se este for seu caso, a informação de framerate será ignorada.


  • Como ripar DVD com o ffmpeg??
Para este também tem uma "fórmula", com toda a configuração necessária!! Segue:

ffmpeg -i cap_1.vob -f avi -vcodec mpeg4 -b 800k -g 300 -bf 2 -acodec libmp3lame -ab 128k cap.avi


  • Como ler a entrada padrão, ou escrever para a saída padrão?
Basta usar, em lugar do nome do arquivo, o caracter "-".


  • Como fazer um vídeo a partir de figuras?
Primeiramente, coloque todas as figuras no mesmo diretório e as renomeie para um padrão qualquer, como img001.jpg, img002.jpg, img003.jpg, e assim por diante. Depois, execute o comando:

ffmpeg -f image2-i img%d.jpg saida.mpg


  • Como inspecionar as streams presentes em um arquivo?
Um arquivo de vídeo, por exemplo, pode estar em um formato dito container, ou seja, uma espécie de cápsula onde se podem encontrar diversas streams de áudio, vídeos e legendas. Com o ffmpeg é possível se extrair cada uma delas, ou mesmo formar um arquivo novo com determinadas streams específicas de arquivos diferentes. Para inspecionar um arquivo e descobrir quais streams existem nele, basta executar o comando:

ffmpeg -i arquivo.mp4

As streams estão no fim da mensagem, normalmente numeradas no padrão "0.0", "0.1", etc. Exemplo:

Duration: 00:01:48.48, start: 0.000000, bitrate: 550 kb/s
Stream #0.0(und): Audio: libfaad, 44100 Hz, stereo
Stream #0.1(und): Video: h264, yuv420p, 480x200, 23.97 tb(r)

Indica que a primeira stream é de áudio e a segunda de vídeo. O codec da primeira é libfaad, com 44100 Hz de freqüência e bitrate de 550 kb/s. Não tem stream de legenda neste arquivo.


  • Como trabalhar com legendas?
Para incluir uma legenda, basta usar uma das opções:

-scodec codec: define o codec da legenda (subtitle codec). O padrão de arquivos VOB, por exemplo, é o codec dvdsub. Se você não sabe qual é o codec e simplesmente quer copiar o existente no arquivo original, use a opção copy em lugar do nome do codec.

-newsubtitle: adiciona uma legenda inteiramente nova para seu arquivo de saída!! Pode ser esta sua opção!!

Como vou saber onde está a minha legenda?? Bom, é preciso primeiro inspecionar um arquivo, conforme demonstrado no item acima, e escolher a stream correta. Para montar seu arquivo final com streams de diversos arquivos, inclusive de legenda, siga a orientação abaixo...


  • Como montar um arquivo de partes de outros?
Simples e fácil: basta identificar as streams de cada arquivo fonte e usar a opção -map. Exemplo:

ffmpeg -i filme.vob -i audio.wav -map 0:0 -map 1:0 etc...

Este trecho de comando indica 2 arquivos de entrada, o arquivo "0" e o "1", e indica, pela opção map, que deve compor o arquivo de saída com a primeira stream do primeiro arquivo "0" e a primeira stream do arquivo "1".


Diversas outras opções e exemplos presentes na página de manual e no FAQ bem documentado do projeto!! Um tutorial avançado e detalhado encontra-se aqui.
O ffmpeg é livre e gratuito, seguro e poderoso!! Boa sorte!!

(Gostou?? Detestou?? COMENTE!!!)

terça-feira, 21 de abril de 2009

Como Recuperar o Manual de Usuário de DVD, TV, GPS, Câmeras, etc...

Pois é: uma das grandes vantagens da tecnologia é que a gente se livra por definitivo do papel, não é mesmo?? Errado!! A gente está sempre precisando de coisas impressas, principalmente quando menos esperamos e não sabemos onde elas foram parar...
Um exemplo disto é o fantástico Manual de Usuário, ou Manual de Instruções, ou Guia do Usuário. Ou seja: aquele fatídico livrinho em português-francês-inglês-italiano-espanhol-japonês que vem com cada aparelhinho que você compra e está fadado a ser perdido em fração de instantes... Que atire a primeira pedra quem, todas as vezes que precisou de seu manual da placa-mãe para ver alguma configuração específica, soube exatamente onde encontrá-lo. Eu disse todas as vezes!!
Se você não é este raro ser alienígena que coleciona todos os manuais de sua vida, então seus problemas acabaram!! Para isto existem as dicas do Pajé!!
Nos links abaixo, você pode fazer a busca de virtualmente qualquer manual, desde máquina fotográfica, TV, DVD, lava-louças, celulares, equipamentos de som e até GPS!!! E dos mais diversos fabricantes!! Basta clicar!!

Em inglês:


Em português:


É o Pajé mais uma vez facilitando a vida de toda a tribo...

domingo, 29 de março de 2009

O Tux e o Kill Bill

Essa é para divertir... ;-)
Um amigo meu mudou o padrão de cores e estilo de seu blog para que ele se parecesse (acredito eu!!) com o visual do pôster do famoso filme Kill Bill (Volume I: EUA, 2003. Volume 2: EUA, 2004), um épico de ação e pancadaria meio oriental, meio ocidental, com muitas lutas, vinganças e revanches.
Como tenho visitado o blog dele, e inspirado nessa idéia, fiquei imaginando como seria um blog de Linux se ele fosse inspirado no longametragem Kill Bill... pensei em várias coisas, e uma das coisas que veio logo à minha mente é a que vocês podem ver abaixo!!!






Tudo bem, esta não foi uma dica nem um tutorial... perdoem o Pajézinho... mas vale a diversão de vez em quando!! Quer protestar?? Quer elogiar?? Que acrescentar?? Quer me matar?? COMENTE!!!

segunda-feira, 23 de março de 2009

Como Baixar vídeos do Youtube facilmente?

Existem muitos plugins do Firefox para baixar, das maneiras mais diversas, vídeos do Youtube, google videos, metacafé e uma série de outros portais semelhantes (inclusive os de vídeos pornôs, como o redtube e o pornotube). Mas nem sempre eles funcionam... essa é a parte frustrante e triste. Porém, nem tudo são trevas... Para quem quer fazer download de vídeos do youtube de maneira bem fácil e indolor, sem precisar instalar nada, basta acessar o seguinte portal:

http://keepvid.com/ (Denominado "Keep it")

Ali, basta colar a URL (endereço) do vídeo que você deseja baixar e clicar em "DOWNLOAD". Depois disso, a página recarraga com 2 links de download do vídeo escolhido, um em baixa e outro em alta resolução (arquivos FLV e MP4).
Uma maneira ainda mais rápida é você carregar o vídeo e depois chamar o Keep It. Ele percebe a URL anterior e já prepara a página de download do vídeo automaticamente para você!! De todas as maneiras que testei, está foi sem dúvida a mais rápida!!
Uma outra vantagem de usar o Keep It é que, se o vídeo for grande e a sua conexão não for boa (ou estiver sobrecarregada), você pode copiar o link do vídeo e colar em algum gerenciador de download mais poderoso que o seu navegador. Eu, por exemplo, uso o "wget", que pode reiniciar o download de onde parou, se ele cair, coisa que um navegador normalmente não faz. Basta digitar:

wget -c link

Onde "link" é o endereço que você copiou do link (normalmente, um endereço gigantesco). Depois, basta renomear o arquivo igualmente gigantesco e dar a extensão de acordo com a opção de link que você escolheu: flv ou mp4.

  • Outra Opção!

Para quem gosta de ter outras alternativas, existe outro portal que faz a mesma coisa, o ClipNabber:

http://clipnabber.com/

O ClipNabber, entretanto, não tem a funcionalidade de baixar automaticamente quando carregado após uma página de vídeo. Porém, a partir dele é possível se baixar vídeos do Vimeo (http://vimeo.com), dentre outros portais de vídeos.

  • O que são arquivos FLV?? (Ou: por que não posso baixar o vídeo diretamente??)

Agora vem a singela pergunta: por que não funciona tentar simplesmente baixar o arquivo SWF que está sendo reproduzido no momento em que toca o vídeo?? Vamos estudar este caso. Suponhamos que o arquivo seja este (retirado do fonte da página: http://www.youtube.com/watch?v=NwJ6qvDB6Fw):

http://s.ytimg.com/yt/swf/watch-vfl84938.swf

Se você inspecionar a chamada de rede, verificará que este arquivo é chamado com alguns parâmetros, chamados "flashvars":

q=interface%20gr%C3%A1fica&vq=null&sourceid=ys&video_id=NwJ6qvDB6Fw&l=77&sk=iwv4_VT7zE-M1DZvfcwiLx4HiVI5wbnuC&fmt_map=&usef=0&t=vjVQa1PpcFM3yk-rH-iA3lir59fyOoW66xccmt4AYIQ=&hl=pt-br&plid=AARl5unvR4k_Pt87&cr=BR&playnext=0&enablejsapi=1

Estes parâmetros servem para que o flash busque no servidor o vídeo desejado. Assim, o mesmo arquivo SWF servirá para tocar todos os vídeos, mudando apenas o vídeo que vai ser alimentado, pois ele não contém o vídeo, mas sim a interface. O vídeo é buscado por parâmetros e pesquisa de rede ou banco de dados.
Os vídeos são gravados no formato FLV (de Flash Vídeo). Por isto que precisamos de uma ferramenta especial para "entender" o arquivo flash e separar o que é a interface e o que é o arquivo de vídeo. Separando um do outro, é possível fazer o download apenas do vídeo. Ferramentas mais sofisticadas podem, ainda, baixá-lo e convertê-lo para outros formatos, já que FLV não é lá um formato padrão para vídeos, embora haja, hoje, muitos programas e codecs que o reproduzam...

Esta dica ajudou?? Não acrescentou em nada??? COMENTE!!! ;-)))
Observação: artigo ampliado e revisado em 22/10/2009

quarta-feira, 18 de março de 2009

Consumidor é Lesado ao Comprar Produtos de Informática

Este artigo descreve um caso real que aconteceu recentemente com uma pessoa de meu relacionamento. Já há algum tempo tenho observado que algumas lojas de produtos de informática têm praticado um comportamento estranho: elas se recusam a trocar produtos vendidos e que não funcionaram, alegando que é preciso mandá-lo para "fazer o conserto apenas nas autorizadas". Assim aconteceu com esta dita pessoa, que me relatou o seguinte:

Comprei uma webcam na loja "Mesquita Gomes Informática - Acessórios em Geral", na Av. Rio Branco, 156, Loja 8, Stand 7 (infocentro), Centro do Rio de Janeiro. Um lugar que é famoso por ter muitas lojas de informática (normalmente são tidas como de confiança). Comprei a webcam e verifiquei que, ao chegar em casa, ela não ligava, não funcionava e nem mesmo a luzinha dela acendia, mesmo tendo sido perfeitamente instalada no computador. Testei em outro computador, e obtive o mesmo comportamento. Voltei à loja para trocar, e eles afirmaram que só poderia ser feito o reparo na autorizada, pois o produto tinha que "ir para a perícia", e que eles não aceitavam fazer a troca. Fiquei sem saber o que fazer e voltei lá 3 vezes, sem ter conseguido, até hoje, efetuar a troca. A única alternativa que a loja me ofereceu foi eu pagar o valor da diferença entre esta webcam e outra mais cara e, assim, adquirir a mais cara em lugar da primeira. Mas eu não quero comprar a mais cara, quero apenas que a webcam que eu comprei funcione!

Segundo o relato, a empresa (loja) não aceitou fazer a troca do produto recém-comprado, mesmo sendo patente que este não funcionava. Este comportamento parece ofender os direitos do consumidor, conforme podemos verificar no Código de Defesa do Consumidor:

Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.

§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:

I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;

II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;

III - o abatimento proporcional do preço.


Parece-me claro que é direito do consumidor a troca do produto. Gostaria de alertar a todos os leitores que tenho observado este tipo de comportamento em algumas lojas e que é preciso estarmos atentos para que isto não se torne uma nova "moda"... É preciso denunciar qualquer prática danosa aos direitos do cidadão!

Links úteis:

sexta-feira, 13 de março de 2009

Pajé: Seu Canal de Notícias!!

Como tudo no mundo corre muito rápido e é essencial estarmos atualizados (ou se atualizando) a todo o tempo, resolvi colocar, na barrinha ao lado direito, uma seção de notícias. Assim, enquato você se distrai lendo os tutoriais e artigos do Pajé, também se mantém atualizado com tudo que está acontecendo no Brasil e no mundo sobre informática, Linux, Java, e todas as mais recentes notícias de alguns dos pricipais canais de informação.
Já leu as notícias e quer ler outras?? Basta clicar no link do canal de notícias/assunto que desejar, e novas notícias aparecerão, correspondentes ao novo assunto/canal de notícias selecionado!!
É o Pajé te colocando mais a frente, sempre!!

domingo, 8 de março de 2009

Programas de IRC Para Linux

O IRC (Internet Relay Chat) é um protocolo de comunicação pela rede capaz de fornecer aos seus usuários um ambiente sofisticado de interação. Com o objetivo de promover o diálogo virtual, o IRC suporta servidores próprios, envio de mensagens em ANSI (com uso de cores, por exemplo!), criação de salas específicas (batizados de "canais"), bate-papo em modalidade privada e pública, recursos de administração das salas (canais) e seus usuários, etc... Um histórico bem interessante pode ser encontrado aqui.
Bom, por que estamos falando disso?? Porque o IRC, após inspirar toda a geração de sistemas de chat através da web (em portais próprios e acessados via navegador, como o Terra Chat ou o Bate-Papo UOL), caiu em franco declínio e, hoje, está ressurgindo novamente como uma nova e mais autêntica opção para o navegante destemido!
Este artigo procura mostrar, sucintamente, os programas gratuitos disponíveis para se usar o IRC no linux, acompanhe:

  • XChat (http://www.xchat.org/) - Cliente em modo gráfico bem leve, simples mas poderoso. Suporta todas as principais funções do IRC, inclusive a troca de arquivos e os comandos de administração. A interface é amigável e fácil de usar. Pode ficar na barra de tarefas e pisca quando vc recebe nova mensagem. Suporta scripts em Perl e Python.
  • LostIRC (http://lostirc.sourceforge.net/) - Cliente em modo gráfico leve, simples e com as principais funcionalidades do IRC. Permite múltiplos chats em PVT (o famoso comando "query"), transferência de arquivos via DCC e, segundo o portal oficial, pode ser completamente controlado pelo teclado, dispensando o uso do mouse.
  • BitchX (http://www.bitchx.com/) - Cliente poderoso e popular. Semelhantemente ao xchat, suporta todas as principais funcionalidades do IRC; é capaz de usar scripts em TCL (você deve baixar os fontes e compilá-los). Um manual de uso bem didático e interessante pode ser encontrado aqui.
  • KVirc (http://www.kvirc.net/) - É um dos mais sofisticados e graficamente arrojados. Faz tudo o que os anteriores fazem, mas também suporta temas, possuindo um gerenciador de temas completo, é sensível a drag & drop, suporta plugins (add-ons), além de várias outras firulas. Para quem quer virar um usuário assíduo, é o mais recomendável.
  • Diversos outros clientes de IRC para UNIX/linux podem ser encontrados nesta lista aqui!!
  • Sempre vale mencionar: um tutorial para usar o IRC no iPhone!! Para celulares com o android, a google já iniciou um projeto, o ircCell.

Para entrar no IRC você precisará de um endereço de um servidor. Recomento o BrasIRC, tradicional servidor brasileiro (irc.brasirc.com.br). Na página da Wikipedia lá em cima tem outras opções...
Experimente acessar os canais #brasil (um dos principais de nosso paíes e amplamente visitado, apesar de haver canais para virtualmente todos os estados e a grande maioria das cidades brasileiras) e #over (canal do usuário "over", que é muito freqüentado). Experimente também buscar os canais de seu interesse, onde será possível debater sobre os assuntos específicos. Se você não encontrar, então crie um e seja o primeiro!!

  • Comandos do IRC: apesar de a maioria dos programas gráficos ter, nas suas interfaces, acessos aos principais comandos do IRC, você pode livremente (e, acredite, muitas vezes é mais rápido e fácil!!) digitá-los. Todos os comandos do IRC começam com "/", seguidos de uma palavra de comando (ex: "/server [argumento]", que desconecta do servidor atual e tenta conectar no servidor informado como argumento). Existe uma grande variedade de comandos. Uma boa lista pode ser acessada aqui. Alguns comandos administrativos (úteis para criar - registrar - canais no servidor) pode ser encontrada aqui.

Quer instalar estes programas mas não sabe como?? Se você usa uma distro derivada do Debian, como o Kurumin, Kalango, Ubuntu, etc., vai ajudar se olhar aqui.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Usando o Comando apt-get

O comando apt-get é um dos mais famosos para aqueles que utilizam distribuições Linux baseadas em Debian, como o Ubuntu, Kurumin, etc, e serve unicamente para gerenciar pacotes, ou seja, instalar, atualizar e/ou remover programas. Neste breve artigo vamos revisar as principais funcionalidades do comando, além de algumas dicas, como de costume (Lembre-se de rodar este comando sempre como root!):

apt-get check: não faz nada, mas verifica se está tudo certo, ou seja, se não há nenhum pacote quebrado nem nenhuma instalação parada no meio.

apt-get update: este temos que fazer sempre... atualiza os seus repositórios de pacotes. Não vai baixar os pacotes em si, mas toma o conhecimento de quais possuem atualizações disponíveis e cadastra estas atualizações no banco de dados do apt. Havendo atualizações, uma boa maneira de aplicá-las é usar o próximo comando...

apt-get upgrade: atualiza todos os pacotes conhecidos que lançaram atualizações. Por utilizar como fonte os dados obtidos dos repositórios, é sempre bom executar, antes deste, o apt-get update.

apt-get dist-upgrade: cuidados com este!! Este serve para atualizar a sua distribuição. Na maioria das vezes, vai fazer o mesmo que o apt-get upgrade. Porém, ele faz muito mais coisas por trás e é o comando certo para ser usado se você alterou os arquivos de configuração para apontar para uma nova versão do seu sistema operacional.

DICA01: Isto ocorre porque, em uma dada versão, os aplicativos são muitas vezes "congelados" nas versões em que estão, e as atualizações correspondem a apenas correções de bugs, não versões novas. Se você, no entanto, alterar as configurações para mudar a versão de seu sistema operacional, então possivelmente as versões de todos os aplicativos serão diferentes e, com isso, este será o comando certo para atualizar a tudo sem erro. Rodar, nesta situação, apenas o apt-get upgrade pode não atualizar corretamente seus pacotes e lhe tará dores de cabeça...

DICA02: Mudar a versão do sistema implica em baixar praticamente todos os pacotes de novo, ou seja, horas e horas de download. Assim, utilize a opção "--download-only". Isto apenas baixará os pacotes, sem instalá-los. Quando você for instalar mesmo, rode sem esta opção. Assim, havendo previamente feito o download, o comando seguirá diretamente para a instalação dos novos pacotes (ele é inteligente o suficiente para perceber que não precisa baixar de novo o que já foi baixado).

apt-get install programa: instala simplesmente um dado programa. Se, entretanto, a instalação falhar por problemas de dependências e o pacote ficar quebrado, utilize apt-get -f install, e as correções serão feitas (neste caso, se as dependências não forem localizadas, o pacote em conflito será removido).

apt-get remove programa: apaga um determinado programa. Nem sempre remove as dependências dele corretamente, podendo ficar um pacote ou outro instalado, mas sem utilidade.

DICA03: explicando o que foi dito acima: para quem instala e desinstala muitos programas, certamente, com eles, vêm uma série de bibliotecas e pacotes acessórios. O apt-get remove apaga o(s) pacote(s) informado(s), mas não vasculha o sistema em brusca de suas dependências, podendo deixar "sujeira" no sistema, ou seja, bibliotecas instaladas para uso de programas que não existem mais. Se você pretende instalar e remover muitas coisas, utilize um programinha um pouco mais esperto que o apt-get: o aptitude. Este usa um algoritmo próprio e saberá registrar as dependências de todos os programas. Mas, cuidado - ele só saberá registar isto para pacotes instalados a partir dele, ou seja, de dentro do aptitude!

apt-get autoremove: até onde o apt-get consiga perceber, este comando remove de seu sistema pacotes (geralmente bibliotecas) que foram instalados automaticamente, quando da instalação de um terceiro programa, e que por algum motivo não são mais requeridos (ou porque o programa que precisava deles foi removido, ou situação similar). É um comando seguro e bom para manter seu sistema redondo e limpo, sem lixo, especialmente se você está acostumado a instalar e remover muitas coisas.

apt-get moo: surpresa!!! Experimente este e depois diga nos comentários se você sabia desta!!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Como Ler ou Abrir Arquivos bin e cue?

Você já deve ter recebido ou baixado arquivos no formato bin/cue. Do que se trata isto?? Como abri-lo??
Arquivos *.bin são arquivos binários de imagens de CD e que normalmente são acompanhados de um arquivo bem pequenininho que o indexa, de mesmo nome, mas com extensão *.cue. Obviamente, estes arquivos foram gerados na intenção de que o seu receptor não precise abri-lo, mas sim gravá-lo diretamente em CD com um programa que o entenda. Todavia, se a sua intenção não é gravar em CD o conteúdo do arquivo, ou se você precisa ler o que tem dentro para decidir isto, siga os passos brevemente discutidos neste artigo...
Para abrir um arquivo de imagem, ele deve estar no formato iso. Assim, precisamos converter o bin/cue para iso. Felizmente, existe um programa bem simples, rápido e pequenininho que faz isto, o bchunk (ou BinChunker), e a sua instalação em sistemas baseados em Debian é bem fácil:

apt-get install bchunk

Após isto, você precisa converter os arquivos bin e cue em iso, utilizando o programa, com o seguinte comando:

bchunk foo.bin foo.cue foo

(Você pode ainda usar a opção "-v", se quiser uma saída verborosa).
Ótimo!! Agora você já tem um arquivo ISO, que é um outro (bem mais popular!!) formato de imagem de CD. Se você quiser, pode queimá-lo imediatamente para uma mídia fresquinha, com o K3B ou qualquer outro aplicativo semelhante.
Porém, lembremo-nos de que você quer olhar o conteúdo, ver o que tem dentro, e talvez copiar ou abrir um ou outro arquivo ali dentro... então vamos... montar o arquivo ISO em um diretório!! Utilize o seguinte comando (como superusuário):

mount -o loop -t iso9660 arquivo.iso /mnt/iso

Lembre-se de haver previamente criado o diretório /mnt/iso!!
Agora é só acessar o diretório onde a imagem foi montada e navegar tranqüilamente lá dentro... se quiser desmontar, proceda como com qualquer outro dispositivo:

umount /mn/iso

Mais informações sobre montagem de arquivos ISO: clique aqui ou aqui!!
Bom, esta foi mais uma dica expressa do Pajé!! Gostou?? Destestou?? COMENTE!!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Instalando o Chrome no Linux e no MAC

Pessoal, finalmente, depois de muita gente penar para instalar o Chrome (aquele novo e interessante navegador da Google) no Linux usando Wine, surge uma solução um pouco melhorada! Trata-se de uma instalação ainda adaptada da versão original para Windows, mas desta vez usando o Crossover.

  • Vantagens
É fácil de instalar e tem pacotes personalizados para todas as principais distribuições, como Fedora, Ubuntu, Debian, Mandriva, SuSE, etc.

  • Desvantagens
Ainda não é uma versão nativa para Linux ou para MAC, então perde um pouco em desempenho na renderização das páginas e tem alguns comportamentos estranhos (janelas pop-up aparecem mal posicionadas, etc...). Mas está rodando bem, inclusive páginas com flash.

Apesar de incomodar o fato de ainda não se ter uma versão nativa do Chrome e sim uma versão alienígena devidamente emulada para Linux/MAC, agora - devemos reconhecer - esta versão já está mais estável e pode ser recomendada sem sustos! Em breve, possivelmente, teremos a versão oficial e nativa para Linux e MAC do Chrome... é aguardar para ver!!

Baixe aqui o Chrome para Linux/MAC, denominado "Chromium", versão 0.9. Boa sorte!!