domingo, 31 de julho de 2011

Amule: Resolvendo Problemas de LowID

  • O Que é LowID e Como Funciona a Conexão no Amule??

O Amule é um cliente das redes ED2K e KAD para Linux, muito semelhante ao E-Mule, que é direcionado ao público de outros sistemas operacionais.
Para o seu total funcionamento, o Amule (assim como o E-Mule) precisa atuar como servidor, abrindo uma porta em seu computador e permitindo o acesso externo a esta porta. A porta padrão do Amule é 4662 (TCP). Muitas vezes ainda é usada a porta 4672 (UDP). Se ao menos a porta TCP (4662) não estiver aberta, sua conexão será prejudicada e você receberá um LowID, que é um número de identificação baixo.
Receber um LowID significa que você tem dificuldades para ser acessado remotamente, e, por isso, não terá prioridade para download, o que implica em demora muito maior para receber dados.


  • Como Descobrir ou Configurar a Porta que o Amule Usa?

Abrir uma porta para acesso externo é complicado, pois pode favorecer a invasão a seu sistema, especialmente se você abrir a porta errada!! Felizmente, você pode verificar e trocar qual a porta que o Amule vai usar no próprio programa acessando (vide Figura 01):

Preferências - Conexão - Porta TCP do Cliente

Recomenda-se que você utilize uma porta fora do padrão, garantindo segurança um pouco maior no seu sistema.

Figura 01: Tela de configurações do Amule, mudando as portas.


  • Como Saber se a Porta Está Aberta??

Evidentemente, para usar o Amule você precisa verificar duas coisas:

1- Não existe mais nenhum programa usando a porta que você escolheu;
2- O Amule abre e a porta fica acessível;
3- O seu Firewall não bloqueia a porta do Amule.

Existem milhares de maneiras de se fazer isso. Uma forma fácil é usar o programa "nmap", um excelente sniffer de rede em modo texto. Em muitas distribuições ele não vem por padrão, então, para instalá-lo, digite, como root (em sistemas baseados no Debian):

apt-get install nmap

Para verificar as portas abertas em sua máquina, digite:

nmap localhost

Nmap scan report for localhost (127.0.0.1)
Host is up (0.00032s latency).
Hostname localhost resolves to 2 IPs. Only scanned 127.0.0.1
rDNS record for 127.0.0.1: localhost.localdomain
Not shown: 994 closed ports
PORT     STATE SERVICE
4662/tcp open  edonkey

Nmap done: 1 IP address (1 host up) scanned in 0.12 seconds

Se o relatório mostrou a sua porta (ex: 4662, que é a padrão)  com o estado "OPEN" (aberto), então localmente o problema está sanado, ou seja, não há nenhum firewall bloqueando a porta. Caso o estado apareça como "FILTRED", então a porta está sofrendo alguma intervenção e você deverá analisar a sua máquina em busca de algum Firewall (scripts do IPTables ou mesmo o Firestarter) e deverá reconfigurá-lo ou ao menos pará-lo momentaneamente, enquanto você usa o serviço.


  • Configurando um Modem ou Roteador

Mas nem tudo são flores: você pode estar debaixo de um roteador e pode estar em uma sub-rede criada pelo seu Modem/Roteador ou pela máquina que faz o Gateway para a Internet. Como saber isso com certeza?? Verifique seu IP, digitando:

ifconfig

Se seu IP começa com 192.168.xxx.yyy ou com 10.xxx.yyy.zzz, então você não está na Internet, mas sim numa sub-rede. E agora??
Calma, tudo tem solução. Se sua rede é doméstica, você provavelmente (ainda que não saiba) é o administrador do seu Gateway, que possivelmente é seu Modem ou Roteador. A maioria destes aparelhos possuem, atualmente, uma boa interface Web de configuração, que pode ser acessada de ser navegador, pelo endereço do IP (normalmente, o mesmo IP da sua máquina, mudando o último número para "1"). Exemplos:

http://192.168.0.1
http://10.0.0.1

Se ele pedir uma senha e você não souber, chute usuário=admin e senha=admin. Se der errado, verifique nos seus manuais e com a pessoa que fez a instalação da sua rede.

Na interface Web, procure uma seção com nome como "Virtual Hosts" ou "IP Forwarding" ou "NAT". Lá você poderá configurar sua máquina. Desta forma, basta preencher os seguintes dados:

Porta Interna: 4662 (ou a porta que você está usando no Amule).
Porta Externa: 4662 (a mesma de cima!!).
Private/Internal IP: (digite o IP de sua máquina, conforme vimos acima. NÃO DIGITE 0.0.0.0, pois criará problemas de redirecionamento no momento em que uma máquina remota tentar acessar seu Amule).
Protocolo: TCP.

Agora basta salvar tudo e, dependendo de seu Gateway, talvez seja preciso reiniciá-lo.


  • Teste Final

Abra o Amule e entre neste endereço, informando a sua porta e clicando em "Test":


É possível que tudo esteja funcionando. Se seu Amule não reclamou de receber um LowID e se o endereço acima não reportar erros, então está tudo certo!! Parabéns e boa sorte!!


  • Avisos

Este artigo ensina como configurar detalhadamente as portas do programa Amule, um programa gratuito e de código aberto. Não estamos incitando a pirataria nem a cópia ilegal de materiais proprietários e fechados. O Amule serve para compartilhamento de arquivos e pode ser uma grande solução para distribuição de programas gratuitos, assim como materiais artísticos criados e lançados por licenças abertas, como a Creative Commons.

sábado, 30 de julho de 2011

Trocando a Senha do Administrador do JBoss (JMX-Console Admin)

O JBoss é um servidor de aplicação dos mais utilizados mundialmente, extremamente robusto e seguro. Contudo, a sua configuração, refinamento, implementações de segurança e otimização nem sempre são muito fáceis. Este pretende ser o primeiro artigo de uma série sobre configuração e otimização do JBoss.
Como você já deve ter visto, o JBoss tem um administrador, que faz login via web no chamado JMX-Console, uma interface completa de administração do JBoss. Para fazer login, basta acessar o endereço (vide Figura 01):

http://localhost:8080/   ou
http://10.0.0.2:8080/
OBS: Troque o "10.0.0.2" pelo IP do seu servidor ou da sua máquina, e o "8080" pela porta que o JBoss está usando. O padrão é 8080.


Figura 01: Tela inicial de administração do JBoss.


Tente as duas opções acima. Dependendo da configuração, o JBoss responde a uma ou a ambas. Se você não sabe qual é a porta, então a porta deve ser 8080, que é a padrão.
Clique em "Administration Console". O usuário e senha padrões são "admin" e "admin" (Figura 02).



Figura 02: Tela de login do administrador do JMX-Console.


Para trocar a senha do administrador, vá ao arquivo:

[JBOSS_HOME]/server/default/conf/props/jmx-console-users.properties
onde JBOSS_HOME é o diretório de instalação do JBoss.

O arquivo tem o formato "user=password" e conterá os seguintes dados:

admin=admin

Agora troque o "admin" depois do sinal de "=" por uma senha segura e secreta (ex: "admin=ps9284nvlsfj!%%!Z"). Reinicie o JBoss e, pronto!! Seu usuário administrador já está protegido com uma senha novinha!!
Lembre-se de que o diretório onde este arquivo se encontra tem uma série de arquivos de configurações críticas do JBoss. Explore-os com cautela.
Bom, espero ter ajudado!! Boa sorte e bom trabalho!!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Instalando Impressoras Multifuncionais HP no Linux

Antigamente, realizar a tarefa proposta pelo título deste artigo era como reescrever o Kernel: todos diziam que era possível, mas ninguém conseguia fazer realmente. Hoje em dia, esta tarefa está muito mais fácil e, com as breves dicas deste artigo, você conseguirá fazer sua impressora HP funcionar corretamente no Linux, de maneira bem mais fácil, rápida e eficiente do que em outros sistemas operacionais para os quais a HP envia o CD de instalação...


  • Instalando o hplip

O projeto hplin (HP Linux Imaging and Printing) é um projeto de código livre que é uma verdadeira mão-na-roda: ele se propõe a prover, de maneira eficiente e sem muita frescura, drivers para tantas impressoras multifuncionais HP quanto possível. E, realmente, a lista é enorme (verifique todas as impressoras suportadas aqui)!! Os drivers em geral suportam tanto o scanner da impressora HP quanto a impressão em si.
Assim, seu primeiro passo é clicar no link mencionado e verificar se a sua impressora está presente na lista (ou seja, se ela é suportada), especialmente observando a partir de qual versão do driver ela aparece. O hplip está presente em muitas das distribuições Linux mais recentes, mas pode ser instalado em virtualmente qualquer distribuição, em geral através do seu gerenciador de pacotes. Em distros baseadas em Debian, basta digitar, como root:

apt-get install hplip

Se você não sabe se ele está ou não instalado, ou quer saber qual a versão que você tem, digite:

dpkg-query -l hplip

Em poucos instantes seu driver estará instalado. Não consome milhares de clicks nem fica nada piscando na sua tela. Não consome mais memória nem fica travando seu sistema. Fantástico!!
Se você quer dicas mais detalhadas sobre configurações específicas, incluindo suporte a FAX para o Ubuntu, consulte o tutorial oficial aqui.


  • Instalando o XSane

No Linux, existe uma ótima coisa: é preciso que se tenha apenas um programa para escanear, e ele não está preso ao driver ou ao CD da impressora. Este programa se chama "xsane", que é na verdade um frontend gráfico amigável para o Sane Project (Scanner Access Now Easy). Para instalá-lo, caso já não esteja instalado por padrão, digite (em distros Debian, Ubuntu ou baseadas no Debian), como root:

apt-get install xsane xsane-common

Isto instalará tudo o que você precisa. Agora, provavelmente aparecerá um novo programa no grupo Graphics do seu menu de programas. Caso nada apareça, basta digitar, no terminal: xsane.
Certifique-se de ligar a impressora e plugá-la antes de rodar o xsane, pois ele procura por dispositivos assim que se carrega.


  • Instalando e Configurando uma Impressora no Linux

Talvez, ao plugar sua impressora USB, o seu Linux já seja esperto o suficiente para encontrá-la e instalá-la automaticamente, de forma que nada mais seja preciso. Então esta seção pode ser pulada. Caso isto não aconteça, ou caso sua impressora não seja USB, vamos ao procedimento manual...
Para imprimir, é preciso instalar o CUPS (Common UNIX Print System), que possivelmente já estará instalado por padrão. Verifique com o comando:

dpkg-query -l cups

Caso não esteja instalado, instale-o com o comando:

apt-get install cups

Uma vez instalado, o CUPS vai rodar como um servidor (um deamon) em sua máquina. O interessante deste programa é que ele não provê uma interface gráfica, mas sim uma interface web de administração. É feito desta forma para que fique mais fácil a manutenção de impressoras em servidores de impressão de rede, que devem ser acessados remotamente.
Acesso o CUPS pelo seu navegador, com o endereço:

http://localhost:631/
OBS: troque o "localhost" pelo IP ou nome da máquina

A porta padrão do CUPS é 631, mas esta porta pode ser trocada, caso se deseje. Toda a manutenção de impressoras (configurar a impressora, adicionar ou remover impressoras, verificar a fila, etc, etc.) pode ser feita com as opções do menu CUPS for Administrators. A interface web é muito simples e bastante auto-explicativa. Boa sorte!!


Bom, pessoal, espero ter ajudado com este breve tutorial!! Boa sorte e, claro, como sempre: COMENTEM!!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Aprimorando o Comportamento do Dolphin

O Dolphin é o gerenciador de arquivos padrão do KDE4. Todos sabem disso. O que talvez poucos usuários saibam é que é possível, com configurações muito simples, otimizar o funcionamento do Dolphin e habilitar funcionalidades fascinantes. Vejamos algumas delas.


  • Habilitando o "Copiar Para" e "Mover Para" no Dolphin

Já vi muita gente reclamando que o Dolphin não tem essa funcionalidade que o horroroso e horripilante Windows Explorer tem: você clica no botão direito em cima de um arquivo ou pasta e ele oferece um atalho para copiar ou mover este arquivo para um dispositivo, como o pen drive, por exemplo.
Bom, o Dolphin TEM esta funcionalidade sim, lógico!! É uma coisa simples e fácil, basta você habilitá-la!! Inclusive ela oferece a possibilidade de copiar ou mover rapidamente um arquivo ou pasta para qualquer lugar do sistema de arquivos!!
Para ativá-la, vá ao Menu Configurações e abra a janela Configurar Dolphin. Vá até a aba vertical Geral e escolha a aba horizontal Menu de Contexto. Agora, selecione a opção "Exibir os comandos 'Copiar Para' e 'Mover Para'". Vide a Figura 01.


Figura 01: Adicionando os comandos Copiar Para e Mover Para ao Dolphin.


  • Mostrando o Controle de Zoom e Espaço Livre Automaticamente

Inicialmente, a barra de status do Dolphin vem vazia. É possível aproveitá-la melhor, exibindo um simpático controle de zoom da sua visualização e a utilíssima barrinha que mostra o quanto de espaço que o seu dispositivo ainda tem (seja uma partição de seu HD, um pen drive, etc.).
Para ativar estas funcionalidades, vá ao Menu Configurações e abra a janela Configurar Dolphin. Vá até a aba vertical Geral e escolha a aba horizontal Barra de Status. Agora, selecione as opções "Exibir barra de zoom" e "Exibir informações de espaço". Vide a Figura 02.


Figura 02: Ativando Zoom e Informações de Espaço Livre no Dolphin.


  • Evitando que o Dolphin Escreva os Arquivos .directory

Por padrão, a cada vez que se entra em um diretório e se muda o tipo de visualização (modo de exibição dos arquivos), o Dolphin escreve neste diretório um arquivo escondido chamado .directory. A função deste arquivo é informar o tipo de visualização que foi usada nesta pasta, de forma que, ao se retornar a ela, o Dolphin consiga "lembrar" o último modo de exibição escolhido.
Em geral, isto pode ser bom, mas muitas vezes é chato e impede algumas operações na pasta, como apagar o diretório com o comando rmdir, que exige que o diretório esteja vazio. Para que o Dolphin não faça mais isto, vá ao Menu Configurações e abra a janela Configurar Dolphin. Vá até a aba vertical Geral e escolha a aba horizontal Comportamento. É logo a primeira a ser mostrada. Agora, selecione a opção "Usar propriedades comuns da exibição para todas as pastas". Vide a Figura 03.


Figura 03: Mudando opções do Comportamento do Dolphin.


  • Modo de Exibição Detalhes com Lista de Arquivos em Forma de Árvore

Uma das opções que gosto muito de usar no Dolphin é o modo de visualização "Detalhes", onde os arquivos e diretórios são exibidos em forma de lista detalhada em uma tabela na tela, modificado para que cada pasta tenha um caracter "+" antes dela. Evidentemente, clicar sobre o "+" faz com que o diretório se expanda em forma de árvore, mostrando o seu conteúdo. Esta opção permite grande agilidade na manipulação e pesquisa de arquivos.
Para ativá-la, vá ao Menu Configurações e abra a janela Configurar Dolphin. Vá até a aba vertical Modos de Exibição e escolha a aba horizontal Detalhes. Agora, selecione a opção "Pastas Expansíveis". Vide a Figura 04.


Figura 04: Habilitando pastas expansíveis no Dolphin.


  • Conclusões

O Dolphin é um gerenciador versátil e muito personalizável. É claro que há muitas outras coisas que podemos falar dele e muitas maneiras diferentes de configurar a sua interface. Contudo, este artigo primou por alguns aspectos muito úteis e interessantes, embora pouco divulgados. Espero ter ajudado. Qualquer dúvida, elogio, comentário, sugestão, não se refutem: COMENTEM!!

domingo, 17 de julho de 2011

Como Formatar em NTFS no Linux (HD Externo, Partições, Pen Drive, etc.)?

Se você tem um pen drive, HD externo, um segundo HD, ou qualquer dispositivo que queira formatar, então esta dica é pra você!! Porém, cuidado: antes de usar estas técnicas abaixo, faça backup dos seus dados!!


  • Verificando as Partições de um Dispositivo

Uma maneira simples de verificar quais são as partições de um dispositivo (ex.: um HD externo) é usando o comando mount, conforme mostrado em nossa dica Como Copiar Arquivos Grandes no Linux?. Porém, outras maneiras são:

1- usando o programa GParted
Esta é uma forma gráfica de ver como estão particionados e quais as partições de todos os seus dispositivos de dados. Para instalar o gparted no Ubuntu, por exemplo, basta digitar, como root:

apt-get install gparted

Pelo GParted é possível se formatar uma partição. Basta se clicar com o botão direito sobre ela e se escolher a opção Format to, seguida do sistema de arquivos desejado. Evidentemente, a partição deve estar desmontada para que seja formatada.


2- Com o comando fdisk

O comando fdisk é um programa antigo e bem versátil para operações com partições e discos. Funciona em modo texto. Suponhamos que seu dispositivo externo esteja em /dev/sdb. Para analisá-lo, chame o fdisk com o comando no terminal:

fdisk /dev/sdb
Comando (m para ajuda):

A partir daqui você está na linha de comando do fdisk. Uma lista geral de todos os comandos pode ser obtida pela letra m. Para ver as partições deste dispositivo, pressione p.

Comando (m para ajuda): p

Disco /dev/sdb: 1000.2 GB, 1000204886016 bytes
255 heads, 63 sectors/track, 121601 cylinders
Unidades = cilindros de 16065 * 512 = 8225280 bytes
Sector size (logical/physical): 512 bytes / 512 bytes
I/O size (minimum/optimal): 512 bytes / 512 bytes
Identificador do disco: 0x796bfcfc

Dispositivo Boot Início Fim Blocos Id Sistema
/dev/sdb1   *           1      121601   976760000+   c  W95 FAT32 (LBA)

Comando (m para ajuda):

Observe que este comando mostra dois blocos: o primeiro, com detalhes do dispositivo. O segundo, com detalhes das partições. No caso acima, temos uma partição única de quase 1TB em sistema de arquivos FAT32, começando no cilindro 1 e terminando no cilindro 121.601.
Se é só isso que você quer, pode sair do programa fdisk, pressionando a letra q.


  • Apagando uma Partição e Reformatando-a

Suponho que, a partir daqui, a partição que você quer manipular está desmontada. Caso não esteja, vá para o terminal, como root, e use o comando:

umount /dev/sdb1
Troque o /dev/sdb1 pela partição desejada.


1- Com o GParted

Não é preciso apagar a partição diretamente, ele já fará isso quando a reformatação for solicitada. Basta seguir o procedimento indicado lá em cima: clicar com o botão direito sobre a partição desejada e se escolher a opção Format to, seguida do sistema de arquivos desejado. Cuidado: esta operação pode demorar, de acordo com o tamanho da partição.


2- Com o comando fdisk

Por este meio é mais manual, mas é bem fácil. Primeiramente, vamos apagar a partição desejada, usando a letra d:

Comando (m para ajuda): d
Partição selecionada 1

Comando (m para ajuda):

Agora o disco está sem partições. Vamos criar uma nova partição, usando o comando n. Como é a primeira e única partição do disco, ela será a partição primária (use, na pergunta, a letra p); de outro modo, deverá ser uma partição estendida (use, na pergunta, a letra e). Indique o primeiro e último cilindros da partição. Se você quer o disco todo, pode usar os valores padrões (apenas tecle ENTER); de outra forma, digite o primeiro e último cilindros nas perguntas correspondentes. Faça o cálculo de quanto espaço cada partição terá baseado nos valores de bytes contidos em cada faixa de cilindros (o comando p, acima, diz quantos bytes tem em 1 cilindro):


Comando (m para ajuda): n
Comando - ação
   e   estendida
   p   partição primária (1-4)
p
Número da partição (1-4): 1
Primeiro cilindro (1-121601, padrão 1):
Usando valor padrão 1
Last cilindro, +cilindros or +size{K,M,G} (1-121601, padrão 121601):
Usando valor padrão 121601

Comando (m para ajuda):

Agora sua partição está quase pronta!! Falta dizer qual o tipo de partição. Para tanto, use a letra t. Existem dezenas de tipos de sistemas de arquivos diferentes suportados pelo fdisk (na verdade, pelos drivers do kernel e pelas ferramentas de utilitários destes drivers que estão instaladas no momento). Para ver a lista completa e escolher qual deles você quer, digite L maiúsculo na pergunta e verifique qual o seu código numérico. Para adiantar, posso informar que o tipo NTFS é código 7.

Comando (m para ajuda): t
Partição selecionada 1
Código hexadecimal (digite L para listar os códigos): 7
O tipo da partição 1 foi alterado para 7 (HPFS ou NTFS)

Comando (m para ajuda):

Agora basta efetivar todas estas alterações e sair do fdisk, usando a opção w, que escreve todas as alterações no dispositivo.

Comando (m para ajuda): w
A tabela de partições foi alterada!

Finalmente, precisamos agora formatar a partição. Cuidado: dependendo do tamanho da partição e do dispositivo, esta operação pode demorar bastante tempo!!
Para formatar a partição, use a ferramenta de formatação própria do sistema de arquivos escolhido, seguida pelo caminho da partição. Para o caso do NTFS, use:

mkntfs /dev/sdb1
(cuidado, não é mkntfs /dev/sdb! Indique a partição correta!)

Para outros sistemas de arquivos, existem formatadores equivalentes, como: mkfs.ext2, mkfs.ext3, mkfs.ext4, mkfs.minix, mkfs.msdos, mkfs.vfat, etc.
Quando tudo terminar, o comando irá mostrar uma linda mensagem de sucesso:
 
Initializing device with zeroes: 100% - Done.
Creating NTFS volume structures.
mkntfs completed successfully. Have a nice day.


  • Renomeando uma Partição NTFS

Agora que você acabou de criar uma partição NTFS nova, ela precisa de um nome. Inicialmente, ela é batizada com um número feio. Pode até ficar assim, mas convém mudá-lo. Para renomear uma partição NTFS usando Linux, ela precisa estar desmontada. Certamente estará, se acabou de ser criada. Agora basta digitar, ainda como root:

ntfslabel /dev/sdb1 NovoNome

Onde /dev/sdb1 é a partição (não é /dev/sdb, cuidado!!) e NovoNome é o nome válido que você escolheu para ela.


  • Conclusão

Este breve artigo procura ensinar duas técnicas diferentes de formatação de partições, que podem ser utilizadas em diferentes situações, desde pen drives até discos rígidos externos ou secundários. Tenha cuidado ao reformatar uma partição, pois seus dados serão perdidos, além do que ela pode demorar bastante tempo, o que requer planejamento. Lembre-se de que a reformatação não conserta defeitos físicos no disco, mas na verdade pode vir a escondê-los!! Para aprender como solucionar este tipo de problema, visite nosso outro artigo: Como recuperar partição Reiserfs com bad blocks?.

Boa sorte!! Espero ter ajudado!! Qualquer coisa, COMENTEM!!

sábado, 16 de julho de 2011

Como Copiar Arquivos Grandes no Linux?

Imagine que você precisa copiar um arquivo bem grande (ou de tamanho que consideramos bem grande para os dias de hoje, quando escrevo), algo em torno de vários gigas. Pode ser um dump geral de seu banco de dados, um arquivo de log gigantesco, um arquivo temporário ou um filme em Blue Ray. Pode ser que a cópia de backup deste arquivo falhe ou a escrita para ele comece a falhar a partir de certo ponto... o que fazer??
Calma, o Pajé tem a solução!!


  • Cópia em Ambiente Linux

Se você usa um sistema de arquivos moderno, como o ext4, então você poderá escrever vários gigas num mesmo arquivo. Se sua cópia ou escrita falhar, tente verificar se existe algum limite pré-definido de escrita, usando o comando:

$ ulimit
unlimited

Se a resposta for a que mostro aí em cima (unlimited), então não há limite para a sua cópia. De outra forma, pode haver limite. Daí, para redefinir o limite, basta usar este mesmo comando, passando o novo valor após o argumento -f:

$ ulimit -f [valor]

Para um tutorial completo sobre limites de escrita, uso e cotas de usuários, visite este endereço.


  • Cópia pela Rede, para Pen-Drives, HDs Externos ou Outros Dispositivos

Agora realmente a coisa muda de figura!! Você está tentando copiar um arquivo que está em um sistema de arquivos Linux para um dispositivo que provavelmente tem seu próprio sistema de arquivos, não necessariamente aquele que você usa na máquina de origem do arquivo. Lembre-se de que um sistema de arquivos é um banco de dados, e que cada tipo tem seus próprios limites.
Se você está copiando para outro dispositivo, verifique qual o sistema de arquivos que ele usa com este comando (claro, presumindo que o dispositivo esteja montado e acessível!!):

$ mount
(....)
/dev/sdb1 on /media/HDExterno type vfat

O comando acima vai mostrar tudo que está montado em seu sistema (a maioria não interessa neste momento, então coloquei estas saídas no formato de "(...)", para ficar mais fácil de entender). Porém, uma das linhas da saída vai se reportar ao dispositivo externo. No caso acima, é um HD Externo, que é acessível em /dev/sdb1 e está montado em /media/HDExterno. Observe que o tipo de sistemas de arquivos é vfat, ou seja, possivelmente um FAT32.
O sistema de arquivos FAT32 (vfat) é o pior que tem: um sistema antigo, limitado e muito simples. Porém, exatamente dada a sua simplicidade, ele é facilmente acessível e montável em ambientes os mais diferentes, desde Linux e MAC até Rádios (CD Players), TVs, DVD Players, CD Players de carros e aparelhos de som.
Notem que o HD Externo acima está formatado em FAT32. Pelas características deste sistema de arquivos, não é possível gravar nenhum arquivo maior que 4GB (na verdade, um byte antes de 4GB de tamanho). Não adianta, quantas vezes você tentar, vai falhar...


  • Achando a Solução para o Caso Acima

Se o seu caso é este acima, então tente fazer uma destas soluções:

1- Reformatar o HD com outro sistema de arquivos, como o NTFS (para ter compatibilidade com Windows) ou mesmo os sistemas do Linux, como ext4, ReiserFS, etc. Claro, isto implica em fazer backup de tudo que tem nele, apagar o HD Externo totalmente e reformatar. Porém, se você precisa muito gravar um arquivão de mais de 4GB, que pode ser seu precioso banco de dados ou o Log de seu sistema, então vale a pena o esforço!!

2- Uma alternativa, é usar o comando split, que quebra o arquivo em vários pedaços definidos por você. Depois desta quebra, o original pode ser apagado e os pedaços, em menor tamanho, podem ser gravados sem problemas. Fique tranqüilo, pois eles podem ser remontados sempre que necessário, usando o comando cat. Excede o escopo deste tutorial explicar detalhadamente como eles funcionam, mas a documentação dos mesmos é bem clara e certamente você conseguirá usá-los bem (digite "man split" e "man cat" para ver a página do manual de cada um)!!

3- Existem compactadores muito bons que conseguem reduzir em grande parte o tamanho dos arquivos. Muitos deles, como o rar, suportam não só a compactação como também a quebra do arquivo compactado em arquivos menores e de mesmo tamanho. Muitas vezes, você pode usar mais de um compactador, como a combinação do tar com o gzip ou bzip2. Se você pretende fazer backup, recomendo sempre compactar os dados e, claro, você pode fazer um script para te ajudar nesta tarefa um tanto quanto enfadonha.

Bom, pessoal, por hoje é isso... espero ter ajudado!!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Electricsheep: Um Novo Conceito de Protetor de Tela

É possível que vocês já tenham visto o artigo de 2009 "Instalando Protetores de Tela no KDE do Ubuntu", onde demonstro como instalar facilmente um monte de protetores de tela. Hoje vou mostrar um outro protetor, o Electricsheep. Este é um protetor especial, não só pela sua maneira de executar, como também pela sua concepção e pela sua beleza.


 Cada sonho de um computador é como uma ovelha.

  As ovelhas ficam numa fazenda, um servidor.

  De tempos em tempos, uma ovelha dá lugar a outra.


  • O Conceito

O programa supõe que exista uma fazenda digital onde as ovelhinhas (sheeps) seriam parte dos sonhos dos computadores. Esta fazenda pode ser alcançada por seu computador enquanto ele dorme e sonha.

  • O Funcionamento

Você precisa chamar o programa na mão (via terminal) ou por qualquer atalho que sua plataforma forneça. Da primeira vez que o Electricsheep roda, ele vai até o servidor, escolhe mais ou menos ao acaso um sonho digital (que ele chama de sheep, ou seja, uma ovelha), baixa-o, abre o MPlayer (um player de vídeo) e executa este sonho. Você verá uma janela com o sonho rodando. Para ver em tela cheia (fullscreen mode), tecle "F", pois este é o atalho do MPlayer.
Depois de um certo tempo, esta ovelha passa e ele busca outra ovelha, baixando outro sonho e exibindo-o.

  • Instalando Tudo

Para instalar o programa em distribuições baseadas em Debian, como o Ubuntu, basta digitar:

apt-get install electricsheep

Possivelmente o sistema vai baixar o protetor de tela e, caso ainda não tenha o MPlayer instalado, ele o baixará e o instalará. Também serão instaladas algumas dependências. Depois de tudo pronto, para rodar o vídeo do protetor de tela use o comando:

electricsheep


  • Curiosidades

Você pode usar o comando:

electricsheep-preferences

Para abrir um programa configurador das preferências do electricsheep, que funciona em modo gráfico. Neste programa, é possível se trocar a taxa de atualização de vídeo, o número de repetições, a memória utilizada, como é possível ainda se criar um apelido (Nickname) e uma senha para você. Útil para personalizar seus acessos ao servidor. É possível ainda se fazer várias outras configurações. Todas estas opções também estão disponíveis via linha de comando (verifique os parâmetros na página de manual do electricsheep, digitando "man electricsheep").

Outra curiosidade: você pode ajudar o servidor a decidir se o sonho de seu computador é um bom sonho ou um pesadelo!! Sim, é possível se dar pontos para as ovelhas!! Se você tiver um ambiente com suporte a interação com protetores de tela (normalmente um hack para comunicar o teclado com o protetor de tela), você pode digitar a seta-para-cima para votar a favor de uma ovelha, ajudando-a a crescer, multiplicar-se e evoluir, ou pode digitar a seta-para-baixo, votando contra a ovelha e ajudando-a a ser eliminada pela seleção natural (virtual)...

Última curiosidade: pelo comando

electricsheep --preferences file

Você pode especificar qual o arquivo de configurações a ser usado, o que permite a um usuário avançado o uso (não simultâneo, claro) de vários arquivos diferentes com configurações específicas diferenciadas.

Bom, espero que tenham gostado e que usem o electricsheep tanto quanto eu!! Qualquer coisa, não hesitem: COMENTEM!!

domingo, 10 de julho de 2011

Ativando e Desativando Efeitos do KDE 4

Esta é realmente uma dica bem rápida, mas uma mão na roda para muitas pessoas. A partir do KDE 4, o KWin (Engine padrão do KDE que renderiza a tela) passou a suportar nativamente os efeitos do XGL (no KDE 3, este suporte era possível também, mas exigia algumas modificações no KWin original). Este suporte é chamado KWin Compositioning.
Mas, qual o problema?? Bom, alguns cenários problemáticos podem ser reportados:

  • Aplicativos genéricos (não desenhados para o KDE especificamente), como o Google Earth e alguns tocadores de vídeos usam os recursos de aceleração gráfica, assim como o XGL. Eles podem ter alguns problemas se seu Desktop está usando efeitos no KDE.
  • Em algumas situações, a interface gráfica pode ficar sobrecarregada ou instável, aguardando a renderização de um programa, o que pode tornar seu plasma-desktop lento. Embora dificilmente ele trave, sua renderização pode ficar lenta o suficiente para deixar a máquina quase que inoperante.

Calma, não precisa matar o KDE bruscamente nem precisa reiniciar o computador. Estamos usando Linux, lembre-se disto!! Para desativar os efeitos do KDE, simplesmente digite:

SHIFT + ALT (da esquerda) + F12

E para reativá-lo, digite o mesmo atalho acima. Instantaneamente, seu KDE vai reagir e desativar (ou reativar) os efeitos, liberando memória e processamento para outros programas, assim como eliminando o problema de renderização lenta que pode acontecer em alguns casos.
Note que, normalmente, não usar os efeitos torna seu KDE bem mais rápido e leve. Então, você pode também usar este recurso acima ainda que não tenha problema algum, mas simplesmente, por algum motivo, precise do Desktop mais rápido e ágil. Em geral isto não prejudica em nada os programas que estão rodando e a ativação ou desativação pode ser feita e refeita quantas vezes for preciso, sem prejuízo para a sua sessão de trabalho.
Se você roda o KDE com outro gerenciador de janelas que não o KWin, então este atalho pode não funcionar ou reportar-se a outra funcionalidade, específica do gerenciador que você utiliza em integração com o KDE.

Bom, gente, qualquer coisa, vocês já sabem: COMENTEM!!

domingo, 3 de julho de 2011

Faxina no Linux: Limpando as Imagens Antigas do Kernel

Você pode não ter notado, mas algumas distribuições, como o Ubuntu, no momento de fazer uma grande atualização, podem baixar novas versões do Kernel, compilá-las automaticamente (ou ao menos instalar imagens pré-compiladas), gerando as chamadas "Imagens do Kernel" e aplicá-las nas opções do boot. Este procedimento não tem problema nenhum, salvo o fato de que as imagens são sempre acompanhadas pelo código-fonte, o que ocupa bastante espaço no seu disco. Além disso, polui a tela de boot do LILO ou GRUB com opções diferentes para cada imagem de kernel, desde a mais antiga, que veio com a instalação do sistema, até as mais recentes baixadas e instaladas.
Como limpar estas imagens de Kernel seguramente, remover as centenas de megas em fontes ocupando seu disco rígido e limpar as entradas das opções de boot do GRUB? Este artigo trata exatamente desta dica, e creio que possa ser de grande valia para muitos usuários Linux, especialmente aqueles que costumam fazer atualizações constantes.

Em sistemas baseados em Debian, como o Ubuntu, para rodar uma atualização completa, basta que se digite, como root:

apt-get dist-upgrade

A atualização do sistema pode reportar, muitas vezes, uma atualização das imagens do Kernel no meio do monte de pacotes sendo atualizados. Isto pode ser verificado nas linhas em negrito do exemplo abaixo:

apt-get dist-upgrade
Lendo listas de pacotes... Pronto
Construindo árvore de dependências      
Lendo informação de estado... Pronto
Calculando atualização... Pronto
Os NOVOS pacotes a seguir serão instalados:
  linux-headers-2.6.32-32 linux-headers-2.6.32-32-server linux-image-2.6.32-32-server
Os pacotes a seguir serão atualizados:
  apparmor apparmor-utils apt apt-transport-https apt-utils at base-files bind9-host binutils bsdutils dhcp3-client dhcp3-common dnsutils fuse-utils grub-common grub-pc initscripts landscape-common libapache2-mod-php5 libapache2-svn libapparmor-perl libapparmor1 libapr1 libbind9-60 libblkid1 libc-bin libc-dev-bin libc6 libc6-dev libcurl3-gnutls libdbus-1-3 libdbus-glib-1-2 libdns64 libfuse2 libgssapi-krb5-2 libisc60 libisccc60 libisccfg60 libk5crypto3 libkrb5-3 libkrb5support0 libldap-2.4-2 liblwres60 libpam-modules libpam-runtime libpam0g libpcsclite1 libplymouth2 libssl0.9.8 libsvn1 libuuid1 libxml2 linux-firmware linux-headers-server linux-image-server linux-libc-dev linux-server login logrotate mount ntpdate openssh-client openssh-server openssl passwd perl perl-base perl-modules php5 php5-common plymouth plymouth-theme-ubuntu-text python-smartpm rsync subversion sysv-rc sysvinit-utils tzdata upstart util-linux uuid-runtime w3m xkb-data
83 pacotes atualizados, 3 pacotes novos instalados, 0 a serem removidos e 0 não atualizados.
É preciso baixar 96,8MB de arquivos.
Depois desta operação, 216MB adicionais de espaço em disco serão usados.
Você quer continuar [S/n]?

O novo Kernel é empacotado em pacotes com outros nomes, então, para o gerenciador de pacotes, não é considerado uma atualização, e sim uma gama de pacotes novos a serem instalados. Observe que existem muitos pacotes sendo de fato atualizados, o que não vai consumir espaço excedente quase nenhum, mas tem uma nova versão do Kernel a ser baixada, o que vai consumir 216MB de espaço, já que é preciso que se baixem todos os fontes. Naturalmente, a versão antiga, que está em pacotes de outros nomes, será mantida por padrão.
Depois de selecionar "S" para a pergunta e a atualização acabar, você já terá ocupado mais de 300MB deste sistema aí em cima sendo atualizado. Então, vamos limpar os arquivos de backup dos pacotes que foram baixados e atualizados. Se a atualização funcionou, não precisamos mais deles. Para tanto, digite:

apt-get clean

TESTE: Agora, dê um boot e certifique-se de que o sistema esteja funcionando perfeitamente, ou seja, a nova imagem do Kernel funciona e está estável (para fazer isto em modo texto, digite: "shutdown -r now"). Em avassaladora massa de vezes tudo estará perfeitamente estável, mas não custa fazer o teste, especialmente em servidores. Como o Pajezinho sempre diz, "um homem prevenido vale por cinco"!!

Estando tudo perfeito, vamos apagar os Kernels antigos do sistema:

apt-get autoremove

Respondendo "S" à pergunta gerada com o comando acima, será possível eliminar os pacotes referentes a Kernels antigos, aliviando centenas de megas de seu disco rígido. Contudo, isto ainda não limpa as imagens que estão associadas ao boot e à tela inicial do GRUB. Para limpá-las, é preciso que se vá ao diretório "/boot" e se apague os arquivos certos.

cd /boot
ls -1
abi-2.6.32-26-generic
abi-2.6.32-27-generic
abi-2.6.32-28-generic
abi-2.6.32-29-generic
abi-2.6.32-30-generic
abi-2.6.32-31-generic
abi-2.6.32-32-generic
config-2.6.32-26-generic
config-2.6.32-27-generic
config-2.6.32-28-generic
config-2.6.32-29-generic
config-2.6.32-30-generic
config-2.6.32-31-generic
config-2.6.32-32-generic
grub
initrd.img-2.6.32-26-generic
initrd.img-2.6.32-27-generic
initrd.img-2.6.32-28-generic
initrd.img-2.6.32-29-generic
initrd.img-2.6.32-30-generic
initrd.img-2.6.32-31-generic
initrd.img-2.6.32-32-generic
memtest86+.bin
System.map-2.6.32-26-generic
System.map-2.6.32-27-generic
System.map-2.6.32-28-generic
System.map-2.6.32-29-generic
System.map-2.6.32-30-generic
System.map-2.6.32-31-generic
System.map-2.6.32-32-generic
vmcoreinfo-2.6.32-26-generic
vmcoreinfo-2.6.32-27-generic
vmcoreinfo-2.6.32-28-generic
vmcoreinfo-2.6.32-29-generic
vmcoreinfo-2.6.32-30-generic
vmcoreinfo-2.6.32-31-generic
vmcoreinfo-2.6.32-32-generic
vmlinuz-2.6.32-26-generic
vmlinuz-2.6.32-27-generic
vmlinuz-2.6.32-28-generic
vmlinuz-2.6.32-29-generic
vmlinuz-2.6.32-30-generic
vmlinuz-2.6.32-31-generic
vmlinuz-2.6.32-32-generic

O comando "ls -1" lista os arquivos e diretórios todos em uma única coluna. Usei este comando para ficar mais fácil a leitura da saída dele aqui no blog. Obverse que temos aí uma verdadeira confusão: uma sopa de kernels e imagens que foram instalados, desde o 2.6.32-26 até o 2.6.32-32. O mais recente é aquele que instalamos lá em cima, o 2.6.32-32. Se ele está rodando e funcionando perfeitamente (conforme nosso teste acima), então podemos seguramente apagar todos os outros:

rm *-26* *-27* *-28* *-29* *-30* *-31*

Cuidado com o comando acima!!! Um dígito errado e você poderá estar prejudicando permanentemente seu sistema!! Apague apenas os arquivos cujos nomes apontam para as versões ANTIGAS do Kernel, nunca os que apontam para a mais recente!!
Depois disso, basta atualizar o GRUB ou o LILO (dependendo de qual você use) para que ele não aponte mais para as imagens antigas (até porque, elas foram apagadas). Para atualizar o LILO, é preciso que se edite manualmente o seu arquivo de configurações, removendo as linhas correspondentes às imagens apagadas. Para atualizar o GRUB (que é bem mais fácil!!), basta que se rode o seguinte comando:

update-grub2
Generating grub.cfg ...
Found linux image: /boot/vmlinuz-2.6.32-32-generic
Found initrd image: /boot/initrd.img-2.6.32-32-generic
Found memtest86+ image: /boot/memtest86+.bin
done

Prontinho!!!! O GRUB encontrou apenas uma versão do Kernel, que é a mais recente!! Você já pode reiniciar o sistema e ver a tela limpinha do GRUB funcionando. Pode verificar seu disco para notar o quanto de espaço foi recuperado graças ao comando "apt-get autoremove" (para verificar o disco, use o comando "df -h").


Observações Importantes:

1- Evite colocar esta operação em scripts. São operações delicadas e muito pouco rotineiras. Faça-as com carinho e cuidado, manualmente;
2- Em servidores, assegure-se do momento mais propício para reiniciar a máquina;
3- Caso você tenha compilado manualmente uma versão do Kernel, assegure-se de deixá-la intacta. Tudo que não for removido será automaticamente detectado pelo GRUB e permanecerá válido;
4- Se você tiver medo na hora de apagar os arquivos do /boot, faça um backup deles. Caso necessário, apague os arquivos um a um, sem usar o "*", de forma a que você não se engane nem apague um arquivo errado;
5- Se você fez tudo isso e usa o indexador padrão do Linux, este é um bom momento para rodar o comando "updatedb". Não vai lhe render muito mais espaço em disco, mas vai remover uma série de entradas dos índices e vai deixar a busca mais leve;
6- Evidentemente, faça absolutamente todas estas operações como superusuário (root). De outro modo, nenhuma delas funcionará.

Bom, espero ter ajudado!! Boa sorte e, lembrem-se: COMENTEM!!!